terça-feira, 12 de dezembro de 2023

25% dos alimentos de origem vegetal têm resíduos de agrotóxicos proibidos

Um em cada quatro alimentos de origem vegetal no Brasil tem resíduos de agrotóxicos proibidos ou acima do permitido, segundo dados de 2022 do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos (Para), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O relatório, divulgado nesta quarta-feira (6), trouxe os números de 2018, 2019 e 2022 (a coleta foi suspensa em 2020 e 2021 por causa da pandemia).

👉 O Para foi criado em 2001 para verificar a quantidade de elementos químicos em produtos importantes para a dieta do brasileiro, como alface, arroz, beterraba, cenoura, chuchu, laranja, tomate e uva.

🚨 Com base nele, é possível orientar a fiscalização e tomar medidas para proteger o consumidor de algum risco.

•        Ciclo 2022

As amostras do ciclo 2022 foram coletadas em supermercados de todas as regiões do país, totalizando 79 municípios.

Foram analisadas 1.772 amostras de 13 alimentos de origem vegetal: amendoim, batata, brócolis, café em pó, laranja, feijão, farinha de mandioca, maracujá, morango, pimentão, quiabo, repolho e farinha de trigo.

•        41,1% das amostras não tinham resíduos. 

•        33,9% das amostras com resíduos dentro do limite permitido. 

•        25% das amostras com inconformidade, que pode ser a presença de um agrotóxico não autorizado ou com resíduos acima do limite permitido. 

•        0,17%, equivalente a 3 amostras, apresentaram risco agudo. 

Segundo a Anvisa, o risco agudo é o risco de danos à saúde pelo consumo de uma grande porção do alimento contendo resíduo de um determinado agrotóxico em curto espaço de tempo, como uma refeição ou um dia de consumo.

Resultados do Para sobre agrotóxicos no Brasil — Foto: Reprodução/Anvisa

•        Ciclo 2018-2019

A Anvisa também divulgou dados de 2018 e 2019. Nos anos de 2020 e 2021, as atividades de coleta, transporte e análises de amostras foram temporariamente suspensas por causa da pandemia de Covid-19.

No período, foram analisadas 3.296 amostras de 14 alimentos de origem vegetal: abobrinha, aveia, banana, cebola, couve, laranja, maçã, mamão, milho, pepino, pera, soja, trigo e uvas. As amostras foram coletadas em estabelecimentos em 84 municípios.

•        33,2% das amostras não tinham resíduos. 

•        41,2% das amostras com resíduos dentro do limite permitido. 

•        25,6% das amostras com inconformidade, que pode ser a presença de um agrotóxico não autorizado ou com resíduos acima do limite permitido. 

•        0,55%, equivalente a 18 amostras, apresentaram risco agudo. 

Resultados do Para sobre agrotóxicos no Brasil — Foto: Reprodução/Anvisa

🍊 Laranja: redução de risco agudo

O relatório aponta uma redução do risco agudo na laranja:

•        No ciclo 2013/2015, 12,1% das amostras tinham potencial de risco agudo.

•        No ciclo 2018/2019, esse número caiu para 3%.

•        No ciclo 2022, o risco agudo ficou em 0,6%.

A Anvisa explicou que um dos principais motivos para a queda foi a proibição do uso de carbofurano no processo de reavaliação e a exclusão do uso de carbossulfano na cultura de citros. A agência também realizou restrições de uso para metidationa e o formetanato.

 

       Falta de cálcio: veja alimentos que fazem mal para os ossos

 

O café é uma bebida deliciosa e reconfortante que é apreciada por pessoas de todo o mundo. Mas você sabia que o excesso de café e/ou alimentos ricos em cafeína, como chocolate, chás e refrigerantes, podem contribuir na redução da absorção do cálcio? Pois é!

O cálcio é um nutriente essencial, responsável pela formação dos ossos e dentes. Ele ajuda a prevenir, por exemplo, a perda de massa óssea que caracteriza a osteoporose, conhecida como doença dos ossos porosos.

Por isso, a ingestão adequada de cálcio e outros nutrientes importantes para os ossos ao longo de toda a vida é fundamental para a saúde. Entre eles estão o magnésio, fósforo e a vitamina K.

De acordo com a nutricionista Fernanda Brunacci, membro da ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), esses nutrientes podem ser encontrados nos seguintes alimentos:

Magnésio: nozes, sementes, grãos integrais, leguminosas, vegetais de folhas verdes mais escuras, como couve, brócolis, que também são fontes de cálcio;

Fósforo: feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, carnes;

Vitamina K: espinafre, brócolis, agrião, couve, acelga, alface.

Segundo a médica, o ideal é consumir em torno de 3 xícaras de café no dia. "Então, você consumir um café com leite, que seja mais leite do que café, não vai estar prejudicando o seu osso", esclarece.

•        O papel da proteína

A especialista explica que as proteínas contribuem na saúde óssea, estimulando a produção e a secreção de um hormônio que atua na absorção de cálcio e fósforo no intestino, além de atuar também no metabolismo da vitamina D.

"Quando temos proteína em quantidade adequada no dia a dia - cerca de 1 grama ou 1,4 gramas por quilo de peso, de acordo com faixa etária e nível de atividade física - além da saúde muscular, há benefício para saúde óssea", revela a nutricionista.

No entanto, é importante que essa proteína seja bem distribuída ao longo do dia, fazendo parte do café da manhã, almoço e jantar. Fernanda aconselha alimentos preparados com carnes mais magras e leites e derivados, nas versões desnatadas, por terem menos teor de gordura saturada.

•        Sódio e açúcar

Além do café, o excesso de sódio (sal) na alimentação diária também é prejudicial aos ossos. "A recomendação é o equivalente a 5 gramas de sal no dia, que é aquele pacote pequenininho que vemos em restaurantes. E a média do brasileiro acaba sendo quase que o dobro disso, então tem que prestar atenção no tanto de sal que vai colocar no alimento", reforça Fernanda.

Além disso, alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar simples também devem ser evitados, pois, segundo a especialista, eles podem induzir o aumento do nível de insulina no organismo, o que dificulta a reabsorção do cálcio no rim. "Então, quando isso acontece, pode deixar a pessoa mais propensa a ter um quadro de baixo cálcio e isso, claro, é um fator de risco para osteoporose", alerta ela.

 

Fonte: g1/Alto Astral

 

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