quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Verdades ocultas: ex-chanceler alemão revela como Washington sabotou o processo de paz na Ucrânia

A publicação alemã Berliner Zeitung publicou recentemente uma entrevista com o ex-chanceler Gerhard Schroder, na qual foram reveladas algumas verdades sobre o conflito russo-ucraniano que o Ocidente tentou esconder do mundo. A mais importante delas diz respeito a como os Estados Unidos sabotaram os processos de paz entre Moscou e Kiev.

Trata-se na verdade da segunda entrevista de um ex-chanceler alemão sobre o assunto. Em dezembro de 2022, Angela Merkel já havia falado ao jornal Die Zeit que a real intenção do Ocidente por trás dos Acordos de Minsk, por exemplo, era fazer com que a Ucrânia "ganhasse tempo" para se fortalecer militarmente.

Compete lembrar que os Acordos de Minsk previam a "federalização" da Ucrânia, concedendo maior autonomia às regiões de Donbass e mantendo assim a integridade territorial do país. Contudo, mesmo tendo assinado o acordo diante de representantes franceses, alemães e russos, o então presidente ucraniano Pyotr Poroshenko, ao retornar a Kiev, não se esforçou em implementá-lo, o que levou a sucessivas violações de cessar-fogo nas regiões de Donetsk e de Lugansk.

Tampouco a Ucrânia prosseguiu em fornecer maior autonomia a Donbass, com violações aos direitos humanos sendo cometidas de forma constante pelo Exército ucraniano na região. Toda essa situação apenas serviu para mostrar que o Ocidente nunca considerou genuinamente que a Ucrânia cumprisse os Acordos de Minsk e resolvesse o conflito no Leste Europeu pela via da diplomacia.

Voltando ao presente, após o início da operação militar russa no ano passado, boa parte do establishment alemão pró-estadunidense nomeou Gerhard Schroder como um dos cúmplices de Moscou, devido ao fato de Schroder ter ocupado a presidência do conselho de administração da Rosneft (principal empresa russa do setor de petróleo).

Para além disso, Schroder também contribuiu ativamente para a construção do gasoduto Nord Stream, elemento essencial para a consolidação da parceria russo-alemã durante os anos 2000 e para a formação de uma "Grande Europa" (de Lisboa a Vladivostok), como sugerida por Putin no começo do século.

Todo esse contexto foi usado como mote para acusações ad hominem contra Schroder, uma vez que tanto a mídia quanto as elites alemãs não foram capazes de refutar suas colocações a respeito das razões por trás do prolongamento do conflito na Ucrânia. Fato é que em março do ano passado, representantes do regime de Kiev contataram Schroder sobre uma possibilidade de que ele viesse a mediar nas negociações russo-ucranianas.

Um desses representantes fora justamente o atual ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que à época confirmou o desejo de Kiev – e do presidente Zelensky – de encerrar as hostilidades o mais rápido possível em favor de uma solução diplomática. Schroder então voou para Moscou para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin, obtendo uma aprovação preliminar para o início de negociações com os ucranianos.

Na ocasião, a Ucrânia se mostrou de acordo com o abandono de quaisquer planos futuros de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e com a proibição do estacionamento de tropas da Aliança Atlântica em seu território. Segundo ainda Schroder, Umerov (em nome da administração Zelensky) expressou inclusive a disponibilidade ucraniana de chegar a um "compromisso" com Moscou a respeito do status da Crimeia, aceitando ao mesmo tempo a influência da Rússia na região de Donbass.

Contudo, não demoraria para que todos os esforços de paz que vinham sendo empreendidos durante as primeiras semanas do conflito fossem sabotados por Washington. Isso porque a delegação ucraniana fora obrigada a enviar todas as propostas em discussão para os Estados Unidos, que frontalmente vetaram o andamento do processo de paz, defendendo ao invés disso a continuação do derramamento de sangue.

Como resultado, pouco depois Kiev rejeitou subitamente todos os pontos de negociação com os quais já havia concordado, frustrando as tentativas para se encerrar as hostilidades no Leste Europeu. Vale lembrar que, conforme já havia sido revelado antes em uma entrevista exclusiva concedida pelo ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, de início havia sim uma esperança real de acordo entre Rússia e Ucrânia, que poria um fim ao conflito armado.

No entanto, à medida que a pressão do Ocidente sobre Kiev aumentou, a possibilidade de Zelensky negociar uma saída diplomática foi descartada, resultando no abrupto encerramento dos canais de diálogo entre russos e ucranianos. A mídia atlanticista elevou então Zelensky à posição de "herói" do Ocidente e fez com que o ex-comediante acreditasse na possibilidade de derrotar a Rússia no campo de batalha, ao custo do sangue de centenas de milhares de soldados ucranianos.

Desde então, Zelensky tem assumido mais esse papel fictício em sua longa carreira de ator, desta vez sob a direção do complexo militar industrial americano, bastante especializado na produção de "filmes de guerra" a redor do mundo.

No mais, quando Schroder disse na entrevista que a Europa daria um "tiro no pé ao proibir o comércio com a Rússia" ele foi novamente acusado de ser um agente "pró-Kremlin", quando na verdade apenas chamava a atenção para os problemas que realmente se abateram sobre o continente após a imposição de sanções contra Moscou.

Afinal, desde o ano passado a Europa vem sofrendo um cenário de inflação alta e de tumultos populares constantes, em boa medida resultante de suas políticas russofóbicas a mando de Washington. Para resumir, a entrevista de Schroeder evidencia que, ao seguir o caminho da escalada militar, os Estados Unidos cometeram um erro fatal.

Não só a desejada derrota da Rússia se mostrou inviável, como Moscou fortaleceu os laços políticos com o Sul Global e com a China, principal adversária de Washington no plano global. Olhando pelo lado positivo, a publicação da entrevista de Schroeder parece ao menos indicar que, de certo modo, o público europeu esteja finalmente disposto a conhecer a verdade oculta sobre o principal responsável pelo prolongamento do conflito na Ucrânia.

Isto já é um bom sinal por si só, menos para o "herói do Ocidente" que infelizmente não conseguiu cumprir o seu papel a contento, fazendo dessa produção americana mais um fracasso de bilheteria.

•        Putin não descarta novos atos de sabotagem contra instalações russas, como o ataque ao Nord Stream

Quando o potencial agressivo das sanções contra a Rússia estiver quase esgotado, eles poderão usar sabotagem, disse o presidente russo.

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou, nesta quarta-feira (1º), que o Ocidente pode orquestrar novos atos de sabotagem e provocações contra a Rússia, como ocorreu com os ataques contra o gasoduto Nord Stream.

"O que realmente nos preocupa é que, quando o potencial agressivo das sanções contra nós estiver quase esgotado, eles poderão usar sabotagem. Sabotagem real, nas instalações mais importantes da infraestrutura global."

"Lembramos do que aconteceu com o Nord Stream. Não devemos descartar provocações como aquela, em que, recentemente, tentaram culpar a Rússia por danificar o gasoduto", acrescentou o presidente russo.

A declaração foi dada em uma reunião para discutir a situação econômica da Rússia. No encontro, Putin afirmou que a economia russa está evoluindo de maneira estável.

"Durante os nove meses deste ano, o PIB da Rússia cresceu 2,8% em comparação com o mesmo período do ano passado", destacou o presidente russo.

Putin também instruiu o Banco Central da Rússia a monitorar a inflação e a dinâmica de preços de bens e serviços importantes para a área social.

"Mais uma vez chamo a atenção do governo e do Banco Central da Rússia para a importância de ações eficazes e coordenadas para reduzir a inflação. Isso afeta diretamente o bem-estar das famílias russas e dos nossos cidadãos. Em particular, é necessário monitorar cuidadosamente a dinâmica de preços para bens e serviços socialmente significativos e mais procurados", disse Putin.

Ele alertou que o Ocidente deve intensificar as sanções contra a Rússia, e disse que o país deve estar preparado.

"Devemos estar preparados para o fato de que a pressão das sanções ocidentais vai se intensificar. Nos últimos anos, eles, os nossos chamados parceiros, já adotaram inúmeros pacotes de sanções. Eles próprios praticamente ficaram enredados nessas sanções. Eles tentaram nos punir, mas no final, como vemos, algo completamente óbvio, como pode ser visto pelas estatísticas, eles atingiram a sua própria economia, os seus empregos", disse Putin.

 

       'É fachada para lavagem de dinheiro': EUA devem parar de financiar Ucrânia, afirma congressista

 

A fraude financeira dos EUA na Ucrânia ameaça sua existência, escreveu a congressista da Câmara dos Representantes dos EUA, Marjorie Taylor Greene, na rede social X (antigo Twitter).

"O financiamento para a Ucrânia tem que acabar. É uma fachada para lavagem de dinheiro às custas do povo americano, e a Ucrânia não está vencendo", afirmou a congressista dos EUA.

"As pessoas estão roubando como se não houvesse amanhã", ressaltou Marjorie Taylor Greene.

Anteriormente, a congressista acusou Kiev de exigir cada vez mais dinheiro de Washington, sendo totalmente dependente dos fundos dos contribuintes americanos.

Mais cedo, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

 

       Ucranianos estão morrendo por nada, mas EUA não permitirão que o conflito acabe, diz coronel

 

Os EUA não permitirão que o conflito na Ucrânia termine, declarou o ex-conselheiro sênior do Pentágono, coronel Douglas Macgregor, em entrevista com o jornalista norte-americano Stephen Gardner.

"Esta guerra está acabada. Mas não vamos deixar ela morrer porque o regime de Washington quer manter a ilusão de que algo de bom está acontecendo em Kiev. Isso não é verdade", disse Macgregor.

De acordo com ele, a verdade é que na Ucrânia "não há nada além de corrupção e crime". Apenas alguns no Ocidente estão prontos para admitir isso, mas a situação está mudando, disse o especialista.

"Os ucranianos estão morrendo por nada, sem qualquer propósito", acrescentou coronel Macgregor.

Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin disse que a contraofensiva das forças ucranianas não trouxe quaisquer resultados. A Rússia passo a passo vai alcançar seus objetivos na operação militar especial, enfatizou Putin, expressando confiança de que todos os objetivos serão alcançados.

 

       Premiê italiana confessa que há 'grande cansaço' com conflito na Ucrânia após cair em pegadinha

 

Os humoristas russos Vovan e Lexus (Vladimir Aleksandrovich e Aleksei Vladimirovich), conhecidos por fazerem pegadinhas com grandes figuras internacionais, pregaram uma peça na primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Em conversa telefônica, eles conseguiram se passar por uma alto funcionário africano, quando a premiê fez revelações.

Apesar de dizer o contrário no parlamento e em declarações públicas, Meloni afirmou que há "um grande cansaço de todas as partes" em relação ao conflito na Ucrânia. Desde o ano passado, a Rússia realiza uma operação militar especial no território, com poucos avanços do lado ucraniano. Meloni também reclamou que países da União Europeia ignoravam os esforços de Roma para discutir a crise migratória no país, que é um dos principais acesso ao continente pelo Mar Mediterrâneo.

A situação gerou fortes críticas e até preocupação de políticos na Itália. É o caso do ex-primeiro-ministro, Giuseppe Conte, que esteve no cargo entre 2018 e 2021. Para ele, a conversa telefônica é um "fracasso de escala global" e ainda revelou que os "protocolos de segurança do governo podem ser contornados e hackeados" tão facilmente.

Apesar disso, o ex-primeiro-ministro disse em uma rede social que mais perturbador que isso foi o conteúdo da conversa.

"O que é ainda mais inaceitável é descobrir que nossa primeira-ministra está falando sobre o conflito [na Ucrânia] de uma maneira completamente oposta àquela que ela usou recentemente no parlamento. Ou seja, ela fornece uma descrição do conflito completamente diferente daquela que ela apresenta aos italianos, à opinião pública e aos representantes do povo. Ela reconhece que não vê outra saída além das negociações, e que essa é a única solução para um conflito que pode durar anos", declarou.

•        A verdade que nunca contou aos italianos

Conforme Giuseppe Conte, a atual premiê de extrema direita revelou a verdade que nunca contou aos italianos sobre o conflito, que cada vez mais tem perdido apoio do Ocidente frente aos casos de corrupção e problemas do regime de Vladimir Zelensky na estratégia militar.

"Ela continua enviando armas interminavelmente para a Ucrânia e promovendo essa escalada militar, mas ela mesma percebe a necessidade de encontrar uma solução por meio de negociações que protejam os interesses de ambas as partes. No entanto, acima de tudo, ela admite que ainda não encontrou a coragem de apresentar uma posição diferente para a Itália [...] Essa covardia custa aos italianos, aos europeus, mas, antes de tudo, às vítimas, cujo número, infelizmente, continua a crescer", escreveu o político, que lidera o Movimento 5 Estrelas, partido de oposição.

O país já prometeu total apoio à Ucrânia, tanto militar e financeira, enquanto durar o conflito. Até setembro, já foram enviados mais de € 1 bilhão (R$ 5,42 bilhões), que não consegue prestar contas de como o valor foi gasto.

 

       F-16 dos EUA não durarão um mês na Ucrânia, diz Ministério da Defesa russo

 

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou nesta quarta-feira (1º) que a frota de caças F-16 prometida a Kiev pode ser destruída em menos de três semanas. "Nossa defesa aérea está operando com êxito", afirmou.

Discursando em uma reunião ministerial, Shoigu teceu elogios às Forças Armadas da Rússia por terem destruído mais de 1.400 unidades de ataque aéreo do Exército ucraniano, incluindo 37 aviões e 6 mísseis ATACMS produzidos pelos Estados Unidos.

"Gostaria de destacar que 37 é quase o dobro do número de aviões F-16 que foram prometidos à Ucrânia. No ritmo do nosso sistema de defesa área, isso equivalerá a cerca de 20 dias de trabalho".

Dentre as aeronaves ucranianas derrubadas estão, segundo o Ministério da Defesa, os modelos de design soviético MiG-29 e Su-25. O exército russo estaria utilizando modelos Beriev A-50 e sistema de mísseis S-400 para interceptar as aeronaves ucranianas ainda em baixa altitude.

Desde o início do conflito ucraniano, Kiev tem pressionado os seus aliados ocidentais a fornecerem armas avançadas. Nas últimas semanas, as autoridades da Ucrânia conseguiram fazer com que os Estados Unidos treinassem seus pilotos para operar caças F-16.

Outros países, como Países Baixos, Dinamarca, Noruega e Bélgica, se comprometeram a fornecer caças ao longo dos próximos anos também como forma de renovar suas frotas.

Ainda não se sabe exatamente quantos caças F-16 Kiev deve receber. Holanda e Bélgica teriam prometido 42 jatos, segundo Vladimir Zelensky. A informação não foi confirmada pelo governo de nenhum dos dois países.

 

Fonte: Sputnik Brasil 

 

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