Bahia: Hospital Espanhol deixa de ser centro de Covid e passa a atender
regulação
Por determinação do governador Jerônimo Rodrigues,
o antigo Hospital Espanhol deixou, desde ontem (1⁰), de atender pacientes com
diagnóstico de Covid-19 e outras síndromes respiratórias, para ampliar seu espectro de atuação. Os 246
leitos, sendo 70 de UTI, estarão progressivamente à disposição dos usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS), acolhendo pacientes com perfil de clínica médica
adulto e pediátrica, que correspondem a maior demanda de solicitações feitas à
Central Estadual de Regulação. O anúncio foi feito pelo governador, em
publicação nas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (2).
“Essa é mais uma das medidas para acelerar as
transferências e ampliar o acesso a leitos hospitalares. Todos os pacientes
atendidos serão 100% regulados pela Central Estadual. Inicialmente, 98 leitos,
sendo 45 de UTI, estarão operacionais, alcançando a capacidade máxima de 246
leitos nos próximos 30 dias”, afirmou Jerônimo.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana,
ressalta que, somente de janeiro a julho de 2023, a Central Estadual de
Regulação já atendeu mais de 161 mil pacientes. “Do total de solicitações
diárias por leitos hospitalares, as três maiores demandas são de clínica
médica, ortopedia e UTIs. Com a abertura dessa unidade resolvemos duas questões
imediatamente. E, em breve, com a abertura do Hospital Ortopédico, teremos um
cenário mais ágil de atendimento dos casos mais graves“, explica a secretária.
Santana detalha que “estamos facilitando e
ampliando o acesso. Somente este ano, abrimos mais de 220 novos leitos em
Jaguaquara, Irecê, Itaberaba e Salvador. Isso sem contabilizar a emergência do
Hospital Geral de Ipiaú, que dobrou a capacidade de atendimentos diários”,
destaca a titular da pasta da Saúde.
A unidade contará com mais de 900 profissionais
entre médicos, enfermeiros e equipe multiprofissional, sendo gerida pela
Fundação Fabamed, após processo de seleção pública da Secretaria da Saúde do
Estado (Sesab).
Dentre as especialidades médicas que estarão à
disposição dos pacientes internados, destaque para a cardiologia, nefrologia,
cirurgia geral, neurologia, gastroenterologia, ginecologia, pediatria,
hematologia e infectologia. No que tange a equipe multiprofissional, haverá
fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, terapeutas
ocupacionais, dentre outros.
• Sesab
irá investir mais de R$ 710 milhões na saúde pública
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) irá
realizar investimentos de US$ 150 milhões, cerca de R$ 710 milhões, na saúde
pública da Bahia, por meio do Programa de Fortalecimento do SUS na Bahia –
PROSUS II, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Membros do BID estiveram na sede da Sesab, no CAB, nesta segunda-feira (31),
para finalizar ajustes do projeto, que será iniciado em 2024.
“O PROSUS II é um projeto de imensa importância
para ampliarmos a estrutura e o atendimento no nosso Estado. É mais um esforço
do Governo da Bahia para dar à nossa população um serviço de qualidade na rede
de atenção básica e fortalecer a descentralização e regionalização da saúde,
dando um atendimento mais célere e mais conforto aos baianos”, analisa a secretária
da Saúde do Estado, Roberta Santana.
O programa dá continuidade ao PROSUS I, concluído
em 2022, e terá como prioridade a saúde digital e a ampliação da rede pública,
assim como melhoria da gestão da Sesab. De acordo com o projeto, são previstas
construções de Unidades Satélite, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de
Atenção Psicossocial (CAPS), Centros Especializados em Reabilitação (CER) e um
Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) Regional.
Bahia
registra mais de dois mil casos de tuberculose no primeiro semestre
Uma doença que afeta não só os pulmões, mas também
rins, pleura e os ossos e que se não for tratada adequadamente e de maneira
rápida pode ser fatalé a tuberculose. Na Bahia, de acordo com a Secretaria da
Saúde do Estado (Sesab), de janeiro a junho de 2023, 2.063 casos da doençaforam
registrados e 72 mortes computadas.
Apesar destes números chamarem atenção, a
Sesabinforma que os números tiveram uma queda comparado aos casos registrados
ano passado. No mesmo período, em 2022, 2.438 casos foram registrados da
enfermidade,acarretando em 124 mortes ocorridas pela tuberculose.
A doença que pode ser transmitida pessoa por pessoa
através do espirro, da tosse ou do falar,tem como faixa etária mais gravemente
atingida as pessoas de 20 a 49 anos, na sua maioria homens, representando cerca
de 68% dos casos.
De acordo com o Ministério da Saúde,70 mil novos
casos da doença são registrados no país por ano. Com cerca de 4,5 mil mortes
registradas devido a doença infecciosa.
Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados
exames como a baciloscopia, o exame de imagem e o teste rápido molecular. O
infectologista Claudilson Bastos, que recentemente tem estadoacompanhando casos
de tuberculose na Central Estadual de Regulação junto a médicos residentes e
universitários explicou um pouco sobre os sintomas e o tratamento da doença.
"Então, os sintomas mais comuns da tuberculose
são a tosse seca, a febre e a perda de peso. Principalmente a tosse. Se passar
de duas ou três semanas tossindo, já é recomendado procurar um médico para
saber se há a possibilidade de ser a doença. Também gosto de reforçar que
sempre que haver pacientes com possíveis casos de tuberculose, que façam o
teste rápido de HIV. Pois, caso o paciente possua as duas doenças, por serem doenças
sindêmicas, ou seja, uma piora a outra, o tratamento precisa ser agilizado e é
diferente", pontuou o infectologista.
Sobre o tratamento, Dr. Claudilson explica que
quanto mais rápido for, mais rápido pode ser curado o paciente. "Primeiro
gosto de lembrar que a tuberculose tem cura. Tratando rápido, além de curar o
paciente evita que ele transmita para outras pessoas, já que é uma doença
infecciosa. No tratamento rápido, o paciente fica entre oito a 15 dias se
recuperando. Tomando medicação de acordo com seu peso. Podendo chegar a 4 ou 5
comprimidos por dia. Em casos que já está num estágio grave, aí o paciente
precisa ser internado para ser avaliado como vai ser o seu tratamento",
concluiu o infectologista.
Calcula-se que, durante um ano, um indivíduo que
tenha baciloscopia positiva, estando numa comunidade, ele pode infectar em
media entre 10 a 15 pessoas.
A Bahia ainda enfrenta uma carga significativa de
casos de tuberculose. Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado é um dos
dez maiores com o número de pessoas afetadas com a doença no país. E quando o
recorte é feito para a região Nordeste, a Bahia fica na segunda colocação.
Ficando atrás somente do estado de Pernambuco.
Fonte: Tribuna da Bahia
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