segunda-feira, 3 de julho de 2023

Departamento de Estado aponta culpas a Biden e Trump por retirada desastrosa dos EUA do Afeganistão

O órgão norte-americano revelou o que disse serem as causas do caos em que se transformou a saída das forças americanas do país asiático em 2021.

Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), e o atual mandatário Joe Biden são responsáveis pela caótica retirada dos EUA do Afeganistão em 2021, concluiu um relatório do Departamento de Estado divulgado na sexta-feira (30).

O relatório concluiu que a decisão do governo Biden de acelerar a evacuação dos afegãos que haviam ajudado as forças dos EUA e da OTAN ao longo dos 20 anos de ocupação do país ajudou a desencadear um efeito dominó que desintegrou o governo do Afeganistão.

"À medida que as condições no terreno se deterioravam e as perspectivas de negociações de paz bem-sucedidas entre o governo afegão e o Talibã diminuíam, a liderança do Departamento [de Estado] e da Embaixada em Cabul enfrentou o dilema de que a redução significativa da presença remanescente dos EUA no Afeganistão e a aceleração da saída de afegãos em risco corriam o risco de minar a confiança no governo afegão e desencadear o próprio colapso que os Estados Unidos esperavam evitar", apontou o texto.

Segundo o relatório, "durante ambas as administrações, houve consideração insuficiente de nível sênior dos piores cenários e a rapidez com que eles poderiam ocorrer".

O Departamento de Estado também criticou a Casa Branca de Biden por sua decisão no início de 2021 de entregar a estratégica Base Aérea de Bagram ao governo afegão, o que garantiu que o Aeroporto Internacional Hamid Karzai em Cabul se tornasse "a única avenida para uma possível operação de evacuação de não combatentes".

Foi ainda destacada a falta organizacional do Departamento de Estado, no qual não se saberia quem era responsável pelo processo, o que "aumentou significativamente os desafios que o Departamento e [os militares] enfrentaram durante a evacuação".

"As decisões do presidente Trump e do presidente Biden de encerrar a missão militar dos EUA representaram desafios significativos para o Departamento, uma vez que procurou manter uma presença diplomática e de assistência robusta em Cabul e fornecer apoio contínuo ao governo e ao povo afegão", resumiu.

O governo Biden tem enfrentado críticas significativas em relação ao rápido colapso do governo afegão apoiado pela OTAN poucos meses após o anúncio do presidente de que Washington sairia do país após 20 anos de ocupação e US$ dois trilhões (cerca de R$ 10,1 trilhões) gastos na luta contra o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista). O desastre da retirada do Afeganistão foi comparado, em escala, à humilhante saída dos EUA do Vietnã em 1975.

·         Biden viola Constituição dos EUA ao enviar equipamentos e soldados para lutar contra Rússia

O jornal The Washington Times afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, violou a Constituição ao enviar equipamentos e soldados à Ucrânia para lutar contra a Rússia.

De acordo com a mídia, a Constituição americana indica que o Congresso dos EUA não tem o direito de declarar guerra à Rússia e não há qualquer fundamento para isso acontecer.

"Deixamos a Constituição nas mãos de políticos desonestos e corruptos que a ignoram", afirmou o autor do artigo Andrew Napolitano.

O autor ainda destacou que as recentes ações do governo Biden resultaram na morte de múltiplos inocentes.

Anteriormente, a congressista americana Tulsi Gabbard afirmou que as políticas do governo Biden aproximaram o mundo de uma guerra nuclear.

Enquanto isso, outra congressista, Marjorie Taylor Greene, demonstrou sua insatisfação com o governo Biden, inclusive, pedindo a proibição do financiamento do regime de Kiev até o fim do conflito.

·         Trump acusa Biden de provocar 3ª Guerra Mundial com conflito na Ucrânia

O candidato presidencial republicano, atual favorito do partido para as eleições presidenciais de 2024, chamou Joe Biden de "flagrantemente incompetente".

Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), acusou novamente o atual mandatário Joe Biden de levar o país à Terceira Guerra Mundial.

"Joe Biden está nos levando à beira da Terceira Guerra Mundial porque ele não sabe o que está fazendo [...] Você não pode chamar erroneamente 'Iraque' de 'Ucrânia' e não pode fazer isso duas vezes", disse o republicano aos apoiadores em um comício na Carolina do Sul, EUA, para a eleição presidencial de 2024.

"Na situação em relação à Rússia, é melhor não tomar as decisões erradas porque estamos nos aproximando da Terceira Guerra Mundial", alertou Trump, chamando o atual presidente dos EUA de "flagrantemente incompetente".

Biden, de 80 anos, é conhecido por suas frequentes gafes. Recentemente, ele declarou que Vladimir Putin, seu homólogo russo, estava perdendo a guerra no Iraque. Trump tem criticado ferozmente o presidente democrata depois que ele se tornou presidente em janeiro de 2021, acusando-o de arruinar o país, o transformar em uma Venezuela e de enfraquecer os EUA na arena mundial.

As pesquisas de opinião no país norte-americano indicam que Trump é o primeiro colocado nas primárias republicanas para a eleição presidencial de 2024.

 

Ø  Ucrânia é usada como pretexto para expansão militar dos EUA na Europa, diz mídia

 

O jornal Global Times destaca que o apoio americano à Ucrânia encobre o verdadeiro objetivo dos EUA: a sua expansão militar no Velho Continente.

Para o jornalista britânico Mark Blacklock, os EUA usam a Ucrânia como pretexto para expandir e fortalecer sua presença na Europa.

"Com o pretexto de apoiar a Ucrânia, os EUA estão expandindo e fortalecendo sua presença militar na Europa de uma forma que pode acelerar a chegada do Juízo Final", destacou.

O jornalista também observou que as medidas americanas poderiam provocar um círculo vicioso de ação e reação, podendo chegar a um ponto em que não haverá saída a não ser continuar com o conflito.

Anteriormente, a embaixada russa em Washington informou que os EUA estavam obcecados com a ideia de infligir uma derrota estratégica a Moscou.

·         Forças Armadas dos EUA enfrentam crise contínua de pessoal, diz mídia

O país norte-americano deverá ter uma falta de 15.000 pessoas no seu setor militar, sendo esta a maior crise de recrutamento desde o começo do serviço voluntário em 1973, segundo mídia dos EUA.

As Forças Armadas dos EUA estão em crise devido à crescente escassez de pessoal em meio ao declínio do prestígio, informou na sexta-feira (30) o jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ).

Segundo a mídia, aproximadamente 80% dos recrutas se alistam nas Forças Armadas por causa do exemplo de seus parentes. Os filhos de famílias de militares constituem a maioria dos novos recrutas, mas a tendência agora estaria mudando, o que pode prejudicar ainda mais o fluxo de recrutas para as Forças Armadas.

"Influenciadores não dizem para eles entrarem no Exército. Mães, país [...] treinadores e pastores não acham que seja uma boa escolha", disse Mike Mullen, ex-chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, em uma entrevista ao jornal.

Atualmente, explica o WSJ, há muitos empregos abertos para graduados nos Estados Unidos, o que é outro motivo para não se alistar nas Forças Armadas. O prestígio das Forças Armadas também foi prejudicado pela retirada do contingente do Afeganistão, fazendo com que os veteranos se perguntassem "para que serviu isso", continuou.

De acordo com o Pentágono, a taxa de sub-recrutamento do Exército em 2022 foi de 25%, a pior desde que as Forças Armadas do país norte-americano iniciaram o serviço militar voluntário em 1973. A expectativa é que cerca de 50.000 recrutas entrem para o Exército em 2023, em vez da meta de 65.000. Na Marinha haverá um déficit de 10.000 pessoas, e de 3.000 na Força Aérea, prevê o veículo de imprensa, citando o Pentágono.

"A ameaça mais imediata é um possível conflito com a China em relação a Taiwan, o que exigiria uma resposta rápida e contínua de todas as partes das Forças Armadas dos EUA", escreve o jornal, citando igualmente a competição com a Rússia.

·         'Pior guerra em que combati': mercenários dos EUA falam de combates infernais na Ucrânia

O portal Daily Beast relatou a experiência de combate de dois mercenários americanos na Ucrânia, com um referindo a condição dos combatentes ucranianos.

Mercenários dos EUA que lutaram ao lado das Forças Armadas da Ucrânia afirmaram que no front estavam se travando batalhas brutais.

O voluntário David Bramlett disse ao portal Daily Beast que o conflito ucraniano foi muito pior do que as guerras no Iraque e no Afeganistão, nas quais ele também combateu.

"O pior dia no Afeganistão e no Iraque é um ótimo dia na Ucrânia", qualificou ele, no artigo publicado no sábado (1º).

O mercenário admitiu que ficou surpreso com o baixo nível de treinamento da maioria dos soldados ucranianos.

"Há muitos voluntários realmente estúpidos que não têm nada que estar em uma guerra", opinou ele.

O fuzileiro naval Offenbecker, que se juntou há vários anos à chamada Legião Estrangeira das Forças Armadas da Ucrânia, também compartilhou suas impressões sobre o que estava acontecendo no front.

"Esta é a terceira guerra em que combati, e esta é, de longe, a pior. Você é esmagado pela p*ta da artilharia, pelos tanques. Na última semana, um avião jogou uma bomba perto de nós, a cerca de 300 metros de distância. É uma m**** aterrorizante", comentou o militar.

Offenbeker acrescentou que, devido à sua experiência na Ucrânia, ele desencorajou seus amigos de se juntarem aos mercenários que lutam pelas Forças Armadas ucranianas.

 

Ø  Vaticano carece de planos concretos para iniciar negociações sobre a Ucrânia, diz mídia

 

O enviado do Papa Francisco para o território ucraniano, o cardeal Matteo Zuppi, que visitou Moscou no final de junho, declarou que o Vaticano não tem planos próprios para iniciar negociações para encerrar o conflito na Ucrânia.

"Sob a liderança do Papa Francisco e junto com ele, nos próximos dias analisaremos o que ouvimos. Por isso, ainda não temos nenhum projeto que possa facilitar o início das negociações. Estamos muito interessados ​​na questão humanitária e na proteção das vidas dos inocentes", disse Zuppi ao jornal Il Resto del Carlino.

O enviado do Vaticano para a Ucrânia destacou que não há um plano de paz ou de mediação, mas há "um grande desejo de que a violência cesse e que vidas humanas sejam salvas, começando pela proteção dos mais pequenos".

Durante uma visita de três dias a Moscou, o também arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana se encontrou com o patriarca Kirill de Moscou e Toda a Rússia, com a comissária presidencial para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova, a o assistente do presidente russo para Assuntos Internacionais, Yuri Ushakov, bem como representantes do clero católico.

Como informou a assessoria de imprensa da Santa Sé no dia 30 de junho, Zuppi, em um encontro com o patriarca russo, discutiu "iniciativas humanitárias que poderiam contribuir para uma solução pacífica" do conflito na Ucrânia.

No dia 20 de maio, o diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciou que o pontífice havia encarregado Zuppi de realizar uma "missão que ajudará a aliviar as tensões" na Ucrânia.

Além disso, o arcebispo de Bolonha fez uma viagem a Kiev de 5 a 6 de junho, descrita pelo Vaticano como "breve, mas intensa".

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário: