Sempre me pergunto até quando o brasileiro ficará a mercê dos arroubos de nossos homens públicos, que nada ou pouco fazem em benefício desta sociedade?
Claro que há exceções, mas como a grande maioria são pessoas que lá se encontram unicamente para se beneficiarem e beneficiar aqueles que os cercam, os bem intencionados não aparecem.
A vaidade e o desrespeito ao eleitor tem sido o ponto focal e mais evidente destes que, em período eleitoral se apresentam de forma humilde, sem coragem de mostrarem a sua real personalidade, enganando aqueles que neles acreditam, para assim que alcançam os seus objetivos os apunhalarem, até as próximas eleições.
E elas estão chegando. 2012 é o ano onde a população mais uma vez definirá os rumos dos seus municípios elegendo seus prefeitos e vereadores.
Não custa lembrar que é nesta hora que teremos que olhar os candidatos de cara e ver o que realmente realizaram e o que fizeram pelo povo.
Quantas promessas fizeram e que deixaram de cumpri-las após eleitos, pois seus compromissos não são com o povo, mas sim com aqueles que financiam suas campanhas.
Esperemos chegar o momento exato e veremos como terão coragem de se apresentar a
população.
Com certeza conseguirão exercer o papel da humildade como bons atores que são, procurando igualar-se aos mais humildes, reduzindo-se a simples cidadãos, na intimidade de seus pensamentos, com certeza, deixando de se considerar em uma espécie de um deus ainda não reconhecido pela massa dos imperfeitos.
Na certa se apresentarão sem a empáfia a que são acometidos após a eleição.
Deixarão de lado a “grandiloqüência”, a arrogância, a autopromoção e a soberba que fazem parte inseparável da personalidade da maioria dos nossos políticos assim que alcançam os seus objetivos.
Como atores, se apresentarão de forma que a maioria da população não os condene pelos maus atos praticados, por terem se afastados da convivência com os bons e honestos, por terem se omitido nos momentos em que a população deles mais precisou, quando por conveniência e se submeteu a receber as migalhas do Poder, optando pelo silêncio dos omissos ou voltando contra os interesses daqueles que nele confiou ao dar o seu voto, fazendo do seu dia a dia a pratica da falsidade dos oportunistas e sempre exaltando os bajuladores.
Aliás, bajuladores são os que mais lhes rodeiam, e não tem lhes faltado.
Por dever de ofício, formação e caráter, que mesmo amizade ou afeição se fingem de tal forma que passam a transparecer um papel de honestidade e franqueza, caráter é índole que não possuem.
São estes que fazem os políticos se sentirem seres superiores, e aqui me perdoem os mais apaixonados ou crédulos, mas é por falta de uma melhor análise da nossa sociedade que possuímos os políticos que aí estão, e, considerando-se o universo, podemos afirmar que o povo brasileiro não faz por merecer a classe política que aí está.
O Brasil não merece passar pelo que está passando. Merecemos coisa melhor.
Chega de assistir os arroubos teatrais, as pirotecnias verbais, as entrevistas sem contestações, como se fossem seres superiores.
Está na hora de nossa população rejeitar este tipo de candidato, que não aprendeu ou que não deixam passar a oportunidade para mostrar uma grandeza que não possui.
Está na hora de nossa sociedade começar a refletir sobre que político merecemos e dar oportunidades aqueles que em vez de simular grandeza e desfilar poder, aos que demonstram humildade, que alisaram o banco da simplicidade, da lealdade com os amigos, que ainda não foi picado pela mosca do Poder, da bajulação barata, da busca das dificuldades para obterem as facilidades.
Busquem nos quadros oferecidos pelos diversos partidos, pessoas que mereçam a sua confiança e com você tenha abertura de diálogo, para que possa ser cobrado. Se assim não agirmos, estaremos abrindo mão dos nossos direitos, da nossa cidadania, infelizmente!
A experiência adquirida pela população por sucessivas eleições, nos permite acreditar que a sociedade começa a aprender a votar, pois não quero admitir que Pelé estava correto em relação a capacidade de votar do nosso povo, entendendo que, diante de tanta tecnologia e do acesso a diversas ferramentas de informações a nossa sociedade tenha adquirido conhecimentos suficientes que lhes permitam constatar os diferentes no balaio de candidatos que lhes são entregues.
Portanto, é chegado o momento da população se aperceber que é na verdade e na essência dos valores, princípios e atributos afetivos que os homens devem ser escolhidos para assumirem uma função pública e se, circunstancialmente, a postura adotada pelo eleitor for de tolerância e contemporização, com certeza o que se assistirá no futuro será o comprometimento dos nossos políticos apenas em defesa dos seus interesses, pouco se importando com as necessidades da maioria.
Desta forma não devemos jogar fora a oportunidade que nos será dada em 2012.
Não devemos perder a chance de expulsar da vida pública aqueles que traíram os mínimos princípios morais e éticos, aqueles que buscam jactar-se de sua participação no desvirtuamento da arte de fazer política bem feita, com honestidade e voltada para os interesses de todos, principalmente para os mais pobres.
Não deverá o eleitor perder a oportunidade de expulsar aqueles que ao longo do mandato não passaram de desertores, traidores, assaltante do patrimônio e erário
público, enquadrando-os e executando-os com o seu voto, única arma que o
eleitor possui para extirpar estes párias da vida pública.
Sei que esta nossa idéia é ousada, em outros tempos poderia ser até considerada subversiva, porém, hoje respiramos uma democracia concedida pelas elites, mas ainda assim podemos chamar de democracia, e é esta democracia que nos permite a cada eleição sonhar por uma nova Nação e temos que ter a consciência que uma nova Nação se constrói a partir do seu Município que é a célula mater do País, e que cabe a cada munícipe buscar optar pelo que há de melhor, para que aqueles que estão nos Poderes superiores sintam que algo novo está surgindo e que esta passa pela renovação consciente e qualificada do seu voto.
Sabemos ainda que não será apenas pelo voto que construireos o País dos nossos sonhos, mas como não acreditamos existir clima de uma mudança através da revolução popular, pelo menos que comecemos a dar os primeiros passos, utilizando da arma que as elites nos deram, o voto, e o utilizemos forma que possamos pelo menos escolher os menos ruins entre os piores que aí estão.
Com a palavra o Povo Brasileiro.