Pessoas que cresceram com pais egoístas tendem a ter
esses sete comportamentos quando adultos
Toda
criança merece crescer em um ambiente seguro e acolhedor, mas sabemos que nem
todas as famílias têm essa mesma percepção, especialmente aquelas com pais
egoístas.
Crescer
em um lar onde as necessidades dos pais sempre vêm em primeiro lugar pode
deixar marcas profundas. A infância é uma fase de formação e, quando
os pais são egoístas, as lições que deveriam ser sobre amor e apoio acabam
sendo sobre a falta.
Muitos
adultos que passaram por isso desenvolvem padrões comportamentais que impactam
suas relações e sua própria percepção de valor. Vamos explorar sete desses
comportamentos e entender como a psicologia os explica.
1.
Sentimento de culpa ao pedir ajuda
Pedir
ajuda deveria ser algo simples, mas para quem cresceu com pais egocêntricos,
isso vem acompanhado de um peso: a culpa. Aprender desde cedo que suas
necessidades são secundárias faz com que você encare a dependência como
fraqueza. Quando finalmente precisa de apoio, sente-se um incômodo. Lembre-se:
buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem. Reconhecer que todos
precisam de apoio é um passo para quebrar esse ciclo.
2.
Alta tolerância a situações inaceitáveis
Você
já se perguntou por que suporta situações que outros não tolerariam? Isso pode
ser um resquício da infância. O
medo da rejeição e a normalização de comportamentos abusivos tornam
difícil estabelecer limites. Mas a boa notícia é que, ao perceber esse padrão,
você pode começar a construir relações mais saudáveis, baseadas no respeito.
3.
Ser um cuidador
A
“parentificação” ocorre quando a criança assume responsabilidades que deveriam
ser dos adultos. Para quem cresceu cuidando dos pais, esse papel se estende
para outros relacionamentos. O resultado disso tudo é que você se torna o
cuidador em todas as relações, muitas vezes ignorando suas próprias
necessidades. É fundamental reequilibrar esses papéis e reconhecer que sua
prioridade também importa.
4.
Dificuldade em confiar e se conectar emocionalmente
Viver
em um lar emocionalmente negligente pode gerar dificuldade em confiar nas
pessoas. Intimidade e confiança tornam-se desafios, levando ao isolamento.
Aprender a confiar novamente exige paciência e, muitas vezes, ajuda
profissional, mas é possível construir conexões mais saudáveis.
5.
Complacência excessiva e medo de desagradar
Sempre
dizer “sim” para agradar os outros pode ser um reflexo de querer ser aceito.
Esse comportamento, conhecido como "agradador de pessoas", pode fazer
você ignorar suas próprias necessidades. Estabelecer
limites e aprender
a dizer “não” é essencial para seu bem-estar emocional.
6.
Dificuldade em cuidar de si mesmo
Crescer
sem receber cuidado pode fazer com que o autocuidado pareça estranho ou
egoísta. Você pode ser independente, mas reconhecer suas próprias necessidades
emocionais e físicas é um desafio. Aprender a priorizar o autocuidado é vital
para quebrar esse ciclo de negligência consigo mesmo.
7.
Sensação constante de não ser “suficiente”
A
busca incessante por aprovação e a sensação de não ser “bom o bastante” são
comuns para quem cresceu com pais egoístas. A validação externa se torna uma
necessidade, e o medo de decepcionar os outros é constante. Trabalhar a
autoestima e entender que você é suficiente por si mesmo é um processo
libertador.
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7 traços de pessoas que cresceram em lares com muitas
brigas, segundo a psicologia
O
ambiente familiar é o primeiro espaço onde as crianças aprendem sobre relações,
emoções e segurança. Quando esse cenário é marcado por brigas constantes ou
violência, os impactos podem ser profundos e duradouros.
A
psicologia entende que essas experiências traumáticas moldam
a visão de mundo das pessoas, a forma como lidam com os outros e
como se relacionam emocionalmente na vida adulta - e existem traços comuns em
pessoas que cresceram em lares tumultuados.
O MinhaVida conversou com a
psicóloga Lizandra Arita, que explicou que, embora cada pessoa reaja de maneira
única, existem padrões comportamentais típicos que surgem desses contextos
familiares. Vamos entender quais são eles!
1.
Hipervigilância
Pessoas
que crescem em lares com muitos conflitos frequentemente desenvolvem um estado
de alerta constante, conhecido como hipervigilância.
Esse comportamento se origina da necessidade de se proteger de possíveis
ameaças, um mecanismo de defesa contra o caos do ambiente familiar.
Lizandra
Arita afirma que "essa sensação de estar sempre em guarda, mesmo na vida
adulta, pode gerar uma constante tensão e dificuldade em relaxar, interferindo
na capacidade de confiar nos outros".
2.
Dificuldade em estabelecer limites
Em
casas com brigas intensas, as necessidades emocionais das crianças frequentemente
não são atendidas. Isso pode dificultar a aprendizagem sobre o que são limites
saudáveis em relacionamentos.
"Elas
podem sentir medo de rejeição ou simplesmente não saber como expressar suas
necessidades de maneira assertiva", explica Lizandra, destacando que essa
falta de modelos saudáveis pode afetar a capacidade de estabelecer fronteiras
emocionais claras.
3.
Medo de conflito
Quem
cresce em um lar marcado por brigas pode aprender a evitar confrontos a todo
custo. Esse medo de desentendimentos pode se manifestar na vida adulta como uma
grande dificuldade em expressar opiniões ou necessidades. Segundo Lizandra,
"essa pessoa tem receio de que qualquer discordância acabe em uma explosão
emocional, o que gera um desconforto constante em ambientes de discussão."
4.
Sensação constante de culpa
Crianças
que presenciam brigas constantes muitas vezes sentem-se responsáveis pelos
conflitos familiares, acreditando que de alguma forma contribuíram para o
caos.
"Isso
pode resultar em um comportamento de cobrança excessiva sobre si mesmas, com
um grande
senso de culpa, mesmo quando não há fundamento para isso", afirma a
psicóloga. Ela explica ainda que, na vida adulta, esse traço pode levar à
responsabilidade exacerbada pelos problemas dos outros.
5.
Dificuldade em confiar nas pessoas
A
falta de estabilidade emocional em um lar cheio de brigas pode gerar uma
desconfiança generalizada nas pessoas. "Esses adultos frequentemente têm
dificuldades em confiar nos outros, pois aprenderam desde pequenos a esperar
decepções ou traições", explica Lizandra. Isso dificulta a construção de
relacionamentos seguros e saudáveis ao longo da vida.
6.
Propensão a relações tóxicas
Para
aqueles que cresceram em lares conflituosos, a ideia de uma relação
tumultuada pode se tornar uma dinâmica familiar
"normal". A psicóloga Lizandra Arita afirma que "muitas vezes,
essas pessoas acabam buscando parceiros que reproduzem os padrões de
instabilidade emocional que vivenciaram na infância." Esse ciclo pode
resultar em relacionamentos abusivos ou desgastantes, sem que a pessoa perceba.
7.
Dificuldade em lidar com emoções
O estresse constante
e as explosões emocionais frequentes em lares com brigas dificultam o
desenvolvimento de habilidades emocionais saudáveis. "Essas pessoas podem ter
dificuldade em identificar, processar e expressar suas emoções de maneira
equilibrada, muitas vezes reprimindo-as ou deixando-as transbordar de forma
descontrolada", explica Lizandra. Isso pode gerar uma vida adulta marcada
por flutuações emocionais intensas.
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Ciclos que podem ser quebrados
Embora
os impactos de crescer em um lar com muitas brigas possam ser significativos, a
psicologia oferece caminhos para superar esses traços. "O primeiro passo é
o autoconhecimento", explica Lizandra Arita. "Reconhecer os
padrões de comportamento adquiridos na infância é essencial para dar início a
um processo de cura e mudança"
Com apoio
psicológico e esforço pessoal, é possível ressignificar essas
experiências, aprender maneiras mais saudáveis de se relacionar com os outros e
consigo mesmo e criar um futuro mais leve e equilibrado. “Entender o passado é
essencial para transformar o futuro, tornando-o mais harmonioso e
saudável", finaliza Lizandra.
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Pessoas que não fizeram nada em
casa quando crianças tendem a apresentar essas seis características quando
adultos
Você
sabia que tarefas simples de casa, como arrumar a cama e
lavar a louça, podem impactar diretamente a vida adulta? Segundo o pediatra
americano Jonathan Williams, incentivar as crianças a ajudarem em casa não é
apenas uma forma de manter a organização, mas também um dos segredos para
formar adultos mais preparados para a vida.
Por
outro lado, a psicologia aponta que crianças que não fazem nada em casa tendem
a carregar algumas características que podem complicar sua vida adulta. Embora
não seja uma regra, esses traços são observados com frequência e podem impactar
desde o trabalho até os relacionamentos. Veja as seis características mais
comuns:
1.
Fazem da procrastinação um hábito
A
dificuldade em começar ou concluir tarefas muitas vezes nasce na infância.
Quando as crianças não aprendem o valor de cumprir obrigações diárias, podem
desenvolver o hábito de procrastinar. Segundo
a Psychology Today, isso pode estar ligado ao medo de fracassar ou a
críticas que moldaram comportamentos inseguros.
2.
Têm dificuldade para trabalhar em equipe
Tarefas
simples, como ajudar na cozinha ou arrumar o quarto, ensinam a colaborar e a
pensar no bem coletivo. A psicóloga Caroline Mendel reforça que essas
experiências desenvolvem habilidades essenciais para a vida em grupo. Sem isso,
pode ser difícil para o adulto entender a importância de trabalhar com outras
pessoas.
3.
Tornam tarefas simples em um grande desafio
Lavar
roupas, cozinhar ou organizar a casa parecem tarefas básicas — mas, para quem
nunca as fez na infância, podem se tornar verdadeiros desafios. A fala de
Aristóteles, “aprendemos fazendo”, se aplica aqui. Quem não pratica essas
atividades desde cedo chega à vida adulta sem saber por onde começar.
4.
Não costumam ter iniciativa
Crianças
que realizam pequenas tarefas aprendem a tomar decisões e a
ser mais autônomas. Essa base ajuda a desenvolver confiança para agir em
diferentes áreas da vida. Sem esse aprendizado, o adulto pode hesitar em tomar
atitudes, tornando-se menos proativo em casa, no trabalho e nos
relacionamentos.
5.
Dependem muito de outras pessoas
Crianças
que não têm tarefas domésticos na infância podem
crescer dependentes de outras pessoas para funções simples,
como cozinhar ou organizar o espaço onde vivem. Essa dependência afeta não só a
autonomia, mas também a autoestima e a sensação de independência.
6.
Não valorizam o trabalho dos outros
Sem
nunca “colocar a mão na massa”, pode ser difícil entender o esforço envolvido
nas tarefas domésticas. Esses adultos tendem a acreditar que tudo acontece como
mágica e podem não reconhecer ou valorizar o trabalho dos outros, o que pode
gerar conflitos nos relacionamentos pessoais e profissionais.
“Incentivar
a autodisciplina, por exemplo, ajuda a criar senso de responsabilidade. Isso
significa aprender a gerenciar o tempo e cumprir pequenas tarefas diárias –
como organizar o material escolar ou arrumar o quarto”, explica a pediatra
Tatiana Cicerelle em um artigo anterior ao MinhaVida.
Envolver
as crianças nas tarefas domésticas não é sobre exigir muito delas, mas sim em
ajudá-las a desenvolver habilidades que farão a diferença ao longo da vida.
Fonte: Minha Vida
Bem Estar
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