sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Pessoas que cresceram com pais egoístas tendem a ter esses sete comportamentos quando adultos

Toda criança merece crescer em um ambiente seguro e acolhedor, mas sabemos que nem todas as famílias têm essa mesma percepção, especialmente aquelas com pais egoístas. 

Crescer em um lar onde as necessidades dos pais sempre vêm em primeiro lugar pode deixar marcas profundas. A infância é uma fase de formação e, quando os pais são egoístas, as lições que deveriam ser sobre amor e apoio acabam sendo sobre a falta. 

Muitos adultos que passaram por isso desenvolvem padrões comportamentais que impactam suas relações e sua própria percepção de valor. Vamos explorar sete desses comportamentos e entender como a psicologia os explica.

1. Sentimento de culpa ao pedir ajuda

Pedir ajuda deveria ser algo simples, mas para quem cresceu com pais egocêntricos, isso vem acompanhado de um peso: a culpa. Aprender desde cedo que suas necessidades são secundárias faz com que você encare a dependência como fraqueza. Quando finalmente precisa de apoio, sente-se um incômodo. Lembre-se: buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem. Reconhecer que todos precisam de apoio é um passo para quebrar esse ciclo.

2. Alta tolerância a situações inaceitáveis

Você já se perguntou por que suporta situações que outros não tolerariam? Isso pode ser um resquício da infância. O medo da rejeição e a normalização de comportamentos abusivos tornam difícil estabelecer limites. Mas a boa notícia é que, ao perceber esse padrão, você pode começar a construir relações mais saudáveis, baseadas no respeito.

3. Ser um cuidador

A “parentificação” ocorre quando a criança assume responsabilidades que deveriam ser dos adultos. Para quem cresceu cuidando dos pais, esse papel se estende para outros relacionamentos. O resultado disso tudo é que você se torna o cuidador em todas as relações, muitas vezes ignorando suas próprias necessidades. É fundamental reequilibrar esses papéis e reconhecer que sua prioridade também importa.

4. Dificuldade em confiar e se conectar emocionalmente

Viver em um lar emocionalmente negligente pode gerar dificuldade em confiar nas pessoas. Intimidade e confiança tornam-se desafios, levando ao isolamento. Aprender a confiar novamente exige paciência e, muitas vezes, ajuda profissional, mas é possível construir conexões mais saudáveis.

5. Complacência excessiva e medo de desagradar

Sempre dizer “sim” para agradar os outros pode ser um reflexo de querer ser aceito. Esse comportamento, conhecido como "agradador de pessoas", pode fazer você ignorar suas próprias necessidades. Estabelecer limites e aprender a dizer “não” é essencial para seu bem-estar emocional.

6. Dificuldade em cuidar de si mesmo

Crescer sem receber cuidado pode fazer com que o autocuidado pareça estranho ou egoísta. Você pode ser independente, mas reconhecer suas próprias necessidades emocionais e físicas é um desafio. Aprender a priorizar o autocuidado é vital para quebrar esse ciclo de negligência consigo mesmo.

7. Sensação constante de não ser “suficiente”

A busca incessante por aprovação e a sensação de não ser “bom o bastante” são comuns para quem cresceu com pais egoístas. A validação externa se torna uma necessidade, e o medo de decepcionar os outros é constante. Trabalhar a autoestima e entender que você é suficiente por si mesmo é um processo libertador.

 

¨      7 traços de pessoas que cresceram em lares com muitas brigas, segundo a psicologia

O ambiente familiar é o primeiro espaço onde as crianças aprendem sobre relações, emoções e segurança. Quando esse cenário é marcado por brigas constantes ou violência, os impactos podem ser profundos e duradouros. 

A psicologia entende que essas experiências traumáticas moldam a visão de mundo das pessoas, a forma como lidam com os outros e como se relacionam emocionalmente na vida adulta - e existem traços comuns em pessoas que cresceram em lares tumultuados. 

MinhaVida conversou com a psicóloga Lizandra Arita, que explicou que, embora cada pessoa reaja de maneira única, existem padrões comportamentais típicos que surgem desses contextos familiares. Vamos entender quais são eles!

1. Hipervigilância

Pessoas que crescem em lares com muitos conflitos frequentemente desenvolvem um estado de alerta constante, conhecido como hipervigilância. Esse comportamento se origina da necessidade de se proteger de possíveis ameaças, um mecanismo de defesa contra o caos do ambiente familiar. 

Lizandra Arita afirma que "essa sensação de estar sempre em guarda, mesmo na vida adulta, pode gerar uma constante tensão e dificuldade em relaxar, interferindo na capacidade de confiar nos outros".

2. Dificuldade em estabelecer limites

Em casas com brigas intensas, as necessidades emocionais das crianças frequentemente não são atendidas. Isso pode dificultar a aprendizagem sobre o que são limites saudáveis em relacionamentos

"Elas podem sentir medo de rejeição ou simplesmente não saber como expressar suas necessidades de maneira assertiva", explica Lizandra, destacando que essa falta de modelos saudáveis pode afetar a capacidade de estabelecer fronteiras emocionais claras.

3. Medo de conflito

Quem cresce em um lar marcado por brigas pode aprender a evitar confrontos a todo custo. Esse medo de desentendimentos pode se manifestar na vida adulta como uma grande dificuldade em expressar opiniões ou necessidades. Segundo Lizandra, "essa pessoa tem receio de que qualquer discordância acabe em uma explosão emocional, o que gera um desconforto constante em ambientes de discussão."

4. Sensação constante de culpa

Crianças que presenciam brigas constantes muitas vezes sentem-se responsáveis pelos conflitos familiares, acreditando que de alguma forma contribuíram para o caos. 

"Isso pode resultar em um comportamento de cobrança excessiva sobre si mesmas, com um grande senso de culpa, mesmo quando não há fundamento para isso", afirma a psicóloga. Ela explica ainda que, na vida adulta, esse traço pode levar à responsabilidade exacerbada pelos problemas dos outros.

5. Dificuldade em confiar nas pessoas

A falta de estabilidade emocional em um lar cheio de brigas pode gerar uma desconfiança generalizada nas pessoas. "Esses adultos frequentemente têm dificuldades em confiar nos outros, pois aprenderam desde pequenos a esperar decepções ou traições", explica Lizandra. Isso dificulta a construção de relacionamentos seguros e saudáveis ao longo da vida.

6. Propensão a relações tóxicas

Para aqueles que cresceram em lares conflituosos, a ideia de uma relação tumultuada pode se tornar uma dinâmica familiar "normal". A psicóloga Lizandra Arita afirma que "muitas vezes, essas pessoas acabam buscando parceiros que reproduzem os padrões de instabilidade emocional que vivenciaram na infância." Esse ciclo pode resultar em relacionamentos abusivos ou desgastantes, sem que a pessoa perceba.

7. Dificuldade em lidar com emoções

estresse constante e as explosões emocionais frequentes em lares com brigas dificultam o desenvolvimento de habilidades emocionais saudáveis. "Essas pessoas podem ter dificuldade em identificar, processar e expressar suas emoções de maneira equilibrada, muitas vezes reprimindo-as ou deixando-as transbordar de forma descontrolada", explica Lizandra. Isso pode gerar uma vida adulta marcada por flutuações emocionais intensas.

<><> Ciclos que podem ser quebrados

Embora os impactos de crescer em um lar com muitas brigas possam ser significativos, a psicologia oferece caminhos para superar esses traços. "O primeiro passo é o autoconhecimento", explica Lizandra Arita.  "Reconhecer os padrões de comportamento adquiridos na infância é essencial para dar início a um processo de cura e mudança" 

Com apoio psicológico e esforço pessoal, é possível ressignificar essas experiências, aprender maneiras mais saudáveis de se relacionar com os outros e consigo mesmo e criar um futuro mais leve e equilibrado. “Entender o passado é essencial para transformar o futuro, tornando-o mais harmonioso e saudável", finaliza Lizandra.

 

¨      Pessoas que não fizeram nada em casa quando crianças tendem a apresentar essas seis características quando adultos

Você sabia que tarefas simples de casa, como arrumar a cama e lavar a louça, podem impactar diretamente a vida adulta? Segundo o pediatra americano Jonathan Williams, incentivar as crianças a ajudarem em casa não é apenas uma forma de manter a organização, mas também um dos segredos para formar adultos mais preparados para a vida.

Por outro lado, a psicologia aponta que crianças que não fazem nada em casa tendem a carregar algumas características que podem complicar sua vida adulta. Embora não seja uma regra, esses traços são observados com frequência e podem impactar desde o trabalho até os relacionamentos. Veja as seis características mais comuns:

1. Fazem da procrastinação um hábito

A dificuldade em começar ou concluir tarefas muitas vezes nasce na infância. Quando as crianças não aprendem o valor de cumprir obrigações diárias, podem desenvolver o hábito de procrastinar. Segundo a Psychology Today, isso pode estar ligado ao medo de fracassar ou a críticas que moldaram comportamentos inseguros.

2. Têm dificuldade para trabalhar em equipe

Tarefas simples, como ajudar na cozinha ou arrumar o quarto, ensinam a colaborar e a pensar no bem coletivo. A psicóloga Caroline Mendel reforça que essas experiências desenvolvem habilidades essenciais para a vida em grupo. Sem isso, pode ser difícil para o adulto entender a importância de trabalhar com outras pessoas.

3. Tornam tarefas simples em um grande desafio

Lavar roupas, cozinhar ou organizar a casa parecem tarefas básicas — mas, para quem nunca as fez na infância, podem se tornar verdadeiros desafios. A fala de Aristóteles, “aprendemos fazendo”, se aplica aqui. Quem não pratica essas atividades desde cedo chega à vida adulta sem saber por onde começar.

4. Não costumam ter iniciativa

Crianças que realizam pequenas tarefas aprendem a tomar decisões e a ser mais autônomas. Essa base ajuda a desenvolver confiança para agir em diferentes áreas da vida. Sem esse aprendizado, o adulto pode hesitar em tomar atitudes, tornando-se menos proativo em casa, no trabalho e nos relacionamentos.

5. Dependem muito de outras pessoas

Crianças que não têm tarefas domésticos na infância podem crescer dependentes de outras pessoas para funções simples, como cozinhar ou organizar o espaço onde vivem. Essa dependência afeta não só a autonomia, mas também a autoestima e a sensação de independência.

6. Não valorizam o trabalho dos outros

Sem nunca “colocar a mão na massa”, pode ser difícil entender o esforço envolvido nas tarefas domésticas. Esses adultos tendem a acreditar que tudo acontece como mágica e podem não reconhecer ou valorizar o trabalho dos outros, o que pode gerar conflitos nos relacionamentos pessoais e profissionais.

“Incentivar a autodisciplina, por exemplo, ajuda a criar senso de responsabilidade. Isso significa aprender a gerenciar o tempo e cumprir pequenas tarefas diárias – como organizar o material escolar ou arrumar o quarto”, explica a pediatra Tatiana Cicerelle em um artigo anterior ao MinhaVida.

Envolver as crianças nas tarefas domésticas não é sobre exigir muito delas, mas sim em ajudá-las a desenvolver habilidades que farão a diferença ao longo da vida.

 

Fonte: Minha Vida Bem Estar

 

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