sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Pessoas que cresceram com muitos amigos na infância podem apresentar esses 6 comportamentos sem saber

A infância é um período essencial no desenvolvimento de comportamentos — e as amizades dessa fase têm papel fundamental. Crescer cercado de amigos pode deixar marcas que perduram na vida adulta, muitas vezes sem que se perceba. 

Se você foi uma dessas pessoas cercada de muitas amizades quando era criança, é possível que apresente alguns comportamentos específicos sem saber a origem deles…

<><> 6 comportamentos comuns em adultos que cresceram com muitos amigos

A psicóloga Lizandra Arita, da Clínica Mantelli, explica que crianças que cresceram com muitos amigos acabam desenvolvendo algumas características específicas que as acompanham, moldando comportamentos e relacionamentos.

“As experiências vividas nesse período da infância realmente podem moldar comportamentos e características que carregamos para a vida adulta. E o fato é que muitas vezes nem percebemos essa influência”.

A seguir, vamos falar sobre seis comportamentos mais comuns que surgem dessas relações de amizade na infância, segundo a especialista!

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1. Facilidade para se adaptar a novos ambientes

De acordo com Lizandra, “conviver com diferentes grupos de amigos durante a infância ajuda a desenvolver flexibilidade social”. Quando isso ocorre, o adulto tende a se sentir confortável em diferentes ambientes e contextos, como novos empregos ou círculos sociais. A capacidade de se integrar rapidamente a novas situações é um reflexo direto da experiência social ativa da infância.

2. Necessidade de aprovação social

desejo de aceitação é uma característica comum em quem cresceu com muitas amizades. “A pessoa internaliza, ainda na infância, a importância de ser aceita pelos outros”, afirma Arita. Esse comportamento pode gerar uma necessidade constante de validação social, tornando a pessoa excessivamente preocupada com o que os outros pensam dela.

3. Tendência ao trabalho em equipe

Pessoas que cresceram em um ambiente de muitas amizades aprenderam desde cedo a colaborar e a resolver problemas coletivamente. Isso faz com que se sintam confortáveis em trabalhar em equipe na vida adulta. “Esses indivíduos são naturalmente inclinados a trabalhar com outras pessoas e têm facilidade em cooperar em grupos”, explica Arita.

4. Habilidade para mediar conflitos

Brigas e desentendimentos fazem parte das amizades infantis, e quem cresceu nesse contexto frequentemente desenvolve habilidades de mediação. A psicóloga comenta que “os conflitos entre amigos na infância ensinam a negociar, a entender diferentes pontos de vista e a resolver disputas de maneira saudável”. Isso resulta em adultos com alta capacidade de resolver conflitos em suas relações pessoais e profissionais.

5. Dificuldade em ficar sozinho

No lado oposto, crescer rodeado de amigos pode dificultar a convivência consigo mesmo. A psicóloga alerta que “as pessoas que passaram a infância em ambientes sociais intensos podem sentir dificuldade em momentos de solitude, pois estão acostumadas com o contato constante com os outros”. Isso pode se manifestar em uma sensação de inquietude ou desconforto quando estão sozinhas.

6. Empatia elevada

empatia, a habilidade de se colocar no lugar do outro, é uma característica marcante em quem cresceu com muitos amigos. “A convivência próxima e constante com outros ensina a perceber o impacto das ações nos sentimentos dos outros, promovendo uma maior preocupação com o bem-estar das pessoas ao redor”, afirma Arita. Como resultado, essas pessoas tendem a ser mais atentas às necessidades dos outros e mais compassivas.

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<><> Como essas características impactam a vida adulta?

As habilidades sociais adquiridas durante a infância podem se transformar em grandes vantagens na vida adulta. A capacidade de formar laços rapidamente, de se adaptar a novas situações e de trabalhar bem em equipe são qualidades valorizadas tanto no âmbito pessoal quanto profissional. A empatia também se reflete em relações mais saudáveis e respeitosas.

Por outro lado, a necessidade excessiva de aprovação social e a dificuldade de lidar com momentos de solidão podem trazer desafios. Lizandra explica que, “quando a necessidade de validação externa se torna muito forte, ela pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional. Além disso, a dificuldade em ficar sozinho pode impedir o desenvolvimento de uma autonomia emocional saudável”.

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Como trabalhar essas influências na vida adulta?

Para lidar com as influências da infância na vida adulta, a psicóloga sugere algumas práticas que podem ajudar a transformar comportamentos que não são mais adequados ou saudáveis:

·        Autoconhecimento: reflita sobre quais comportamentos atuais podem ter raízes na infância. Entender de onde vêm essas tendências é o primeiro passo para lidar com elas de maneira consciente e transformá-las, quando necessário

·        Trabalhe a autonomia emocional: se você percebe uma dependência excessiva da validação social, é hora de investir no fortalecimento da sua autoestima e confiança. “A confiança em si é a chave para viver sem a constante necessidade de aprovação”

·        Pratique momentos de solitude: aprender a aproveitar os momentos sozinhos pode ser desafiador, mas é essencial para o desenvolvimento de uma autonomia emocional saudável. Explore atividades que você possa desfrutar sozinho, como leitura, meditação ou hobbies que ajudem a promover o autoconhecimento

·        Fortaleça suas habilidades sociais: não deixe de aprimorar suas habilidades de comunicação, mediação de conflitos e resolução de problemas. “Essas habilidades, além de serem fundamentais para a vida pessoal, são também um grande diferencial no ambiente profissional”, conclui Arita

Lembrando que as amizades da infância moldam aspectos profundos da nossa personalidade e do nosso comportamento, refletindo-se de maneiras diversas na vida adulta. Se você cresceu cercado de amigos, é possível que apresente tanto características positivas quanto desafios relacionados a essas experiências. 

“Reconhecer essas influências e aprender a equilibrá-las pode ajudar a aproveitar melhor as lições da infância, enquanto ajusta o que já não serve para sua realidade atual. Afinal, o autoconhecimento é a chave para viver relações mais saudáveis e autênticas”, finaliza a especialista.

 

¨      Pessoas que cresceram sem amigos na infância podem apresentar esses 5 comportamentos sem saber, diz a psicologia

Crescer sem amigos durante a infância é mais do que uma simples ausência de companhias para brincar. Essa experiência pode ter impactos profundos no desenvolvimento emocional e social, moldando comportamentos e crenças que se manifestam, muitas vezes, de forma inconsciente na vida adulta. A psicóloga Lizandra Arita, da Clínica Mantelli, explica que "as relações interpessoais formadas na infância desempenham um papel fundamental na construção de nossa visão de mundo e de nós mesmos". 

Quando essas interações são limitadas ou inexistentes, padrões emocionais disfuncionais podem surgir…

<><> Como a ausência de amigos na infância impacta a vida adulta

A infância é um período crucial para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Durante essa fase, as interações ajudam as crianças a aprenderem a lidar com conflitos, a estabelecerem limites e criarem vínculos afetivos. Quando essas experiências são ausentes, podem surgir consequências que se estendem à vida adulta (mesmo que a pessoa nem note), como dificuldades em formar conexões significativas e problemas em lidar com as próprias emoções.

"Sem a vivência de trocas naturais com amigos na infância, é comum que adultos desenvolvam relações baseadas em contratos implícitos disfuncionais", aponta Arita. “Por exemplo, alguém pode se colocar sempre na posição de ‘cuidador’ ou de ‘vítima’, perpetuando jogos psicológicos inconscientes que reforçam a falta de autenticidade nas conexões interpessoais”, explica.

Esses contratos psicológicos podem levar a relações desequilibradas, em que a pessoa sente que está sempre "dando demais" ou "recebendo de menos", por exemplo.

<><> 5 comportamentos na fase adulta de quem não teve amigos na infância

Pessoas que cresceram sem amizades na infância podem apresentar diversos comportamentos na vida adulta relacionados às interações pessoais. Pedimos à psicóloga Lizandra Arita que listasse os principais!

1. Crenças negativas sobre si mesmo e os outros

A falta de interações positivas na infância com crianças de uma idade aproximadad pode gerar uma visão distorcida de si próprio e das pessoas ao redor. Segundo Arita, essas crenças podem incluir pensamentos como: "Eu não sou bom o suficiente, os outros são melhores" ou "Nem eu nem os outros somos bons o suficiente".

2. Dificuldade em estabelecer vínculos significativos

A ausência de conexões na infância pode levar a um medo inconsciente de rejeição ou abandono. Isso faz com que a pessoa evite laços profundos ou tenha dificuldade em confiar nos outros, perpetuando um ciclo de isolamento emocional.

3. Tendência ao isolamento e à negligência de si mesmo

Muitos adultos que não tiveram amigos na infância evitam relacionamentos por medo de rejeição ou até se tornam excessivamente agradáveis para serem aceitos, mesmo que isso signifique comprometer seus próprios desejos e necessidades.

4. Busca constante por reconhecimento

A falta de validação emocional durante a infância pode gerar uma necessidade contínua de aprovação na vida adulta. Isso pode se manifestar como perfeccionismo, busca por elogios ou até hipercompetitividade em ambientes sociais e profissionais.

5. Dificuldades na autorregulação emocional

A falta de interação com “pares” na infância pode limitar o aprendizado de como lidar com emoções difíceis no futuro. Isso pode levar, na vida adulta, a explosões emocionais, dificuldade em lidar com frustrações ou até mesmo a repressão de sentimentos importantes.

Existe solução para mudar esses padrões?

Sim, existem! Esses comportamentos não precisam ser permanentes, segundo Lizandra Arita. Com autoconhecimento e ferramentas adequadas, é possível transformar as crenças e atitudes aprendidas durante a infância. A psicóloga sugere algumas estratégias para começar:

·        Repense crenças sobre si mesmo e os outros: trabalhe para adotar pensamentos como "Eu sou bom o suficiente e os outros também são". Essa mudança pode ajudar a construir relações mais saudáveis e equilibradas

·        Busque equilíbrio interno: aprenda a identificar quando está sendo excessivamente crítico consigo mesmo ou tentando agradar demais aos outros. Desenvolver um "lado Adulto" mais consciente e racional pode ajudar a tomar decisões mais equilibradas

·        Reconheça suas necessidades emocionais: em vez de buscar validação externa, foque em cuidar de si mesmo, valorizando suas conquistas e respeitando seus próprios limites

Além dessas dicas, tenha em mente que a terapia pode ser uma ferramenta valiosa para identificar e ressignificar padrões disfuncionais. "Com autoconhecimento e ferramenta adequadas, é possível ressignificar essas experiências, romper com contratos inconscientes e construir relações mais autênticas e enriquecedoras", afirma Lizandra Arita.

O acompanhamento com um psicólogo, segundo ela, ajuda não apenas a compreender as origens dos comportamentos, mas também a desenvolver habilidades sociais e emocionais que podem melhorar significativamente a qualidade de vida.

Crescer sem amigos na infância pode deixar marcas profundas, mas essas experiências não precisam definir o futuro. Ao identificar os padrões de comportamento e trabalhar para transformá-los, é possível construir uma vida adulta mais equilibrada e saudável.

 

Fonte: Minha Vida Bem Estar

 

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