sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Inteligência dos EUA está avaliando riscos de segurança após possível derrota da Ucrânia, diz mídia

Os legisladores norte-americanos querem que os principais chefes dos serviços de inteligência do país avaliem os riscos de segurança dos EUA se o país recusar fornecer armas à Ucrânia e as consequências potenciais para os interesses de segurança nacional dos EUA em caso de vitória russa na Ucrânia, escreve o jornal The Hill.

Parlamentares solicitam que o relatório seja apresentado em até 90 dias após a assinatura da Lei de Defesa Nacional e parece obscuro como a contribuição dos chefes de inteligência de Biden será considerada no relatório em comparação com os indicados de Trump para liderar cargos de inteligência em seu governo.

Note-se, que o relatório tem de avaliar a continuação ou a retirada do apoio militar e econômico dos EUA a Kiev, bem como a continuação ou possível retirada da permissão para que as Forças Armadas da Ucrânia usem mísseis de longo alcance para atacar a Rússia poderia afetar a capacidade das Forças Armadas ucranianas.

"Os legisladores também querem que os chefes da inteligência avaliem os efeitos da derrota potencial da Ucrânia pela Rússia para os interesses de segurança nacional, inclusive a agressão potencial de Rússia, China, Irã e Coreia do Norte", divulgou.

Segundo a publicação do The Hill, o relatório não será secreto, porém poderia ter um anexo confidencial. O documento deve ser encaminhado aos Comitês de Inteligência da Câmara e do Senado e aos Comitês de Serviços Armados, Relações Exteriores e Relações Internacionais e Apropriações.

Anteriormente, o presidente eleito Donald Trump disse que a Ucrânia "provavelmente" tem de se preparar para ter menos ajuda militar dos EUA quando ele entrar na Casa Branca.

¨      Trump condena uso ucraniano de armas de longo alcance contra Rússia e diz que isso exacerba conflito

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou em entrevista à revista Time condenar os ataques contra a Rússia com uso de armas de longo alcance americanas pelo Exército ucraniano e ressaltou que isso leva a uma escalada ainda maior do conflito.

"Não concordo veementemente com o envio de mísseis a centenas de quilômetros do interior da Rússia. Por que estamos fazendo isso? Estamos apenas intensificando essa guerra e piorando-a", proclamou Trump.

Além disso, Trump declarou que pretende usar a ajuda americana à Ucrânia como alavancagem para Rússia durante as negociações para encerrar o conflito.

"Quero chegar a um acordo, e a única maneira de chegar a um acordo é não abandonar", disse Trump.

Anteriormente, Trump afirmou que o conflito na Ucrânia nunca teria começado se ele fosse o presidente dos EUA, e não Biden. Ele também sublinhou que pretende pacificar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia apenas em 24 horas. O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, comentando as palavras de Trump, chamou o conflito de um problema suficientemente complexo para resolvê-lo em um dia.

¨      Comandantes das forças ucranianas são 'açougueiros' e usam pessoas como 'bucha de canhão', diz mídia

As fileiras dos comandantes ucranianos ganharam a reputação de "açougueiros", usando seus subordinados como "bucha de canhão", escreveu o jornal francês.

Recrutas avaliam a reputação dos comandantes com atenção, porque a qualidade deles não é igual, alguns deles têm reputação de "açougueiros", que costumam usar seus subordinados como "bucha de canhão", divulgou a imprensa.

Segundo o jornal, o recrutamento para as tropas ucranianas caiu quase pela metade, de 35 mil pessoas por mês no início do conflito para 20 mil no último outono europeu. A mídia ressaltou que isso é insuficiente para compensar as perdas elevadas.

Note-se que a escassez de homens é especialmente perceptível nas unidades de infantaria do Exército ucraniano. Ao mesmo tempo, a qualidade do treinamento dos novos recrutas é "regularmente criticada".

Anteriormente, o jornal Financial Times, citando dois comandantes de unidades ucranianas, relatou que as Forças Armadas da Ucrânia têm de usar médicos e cozinheiros como infantaria em vista da falta de pessoal. Mais tarde, um membro da Suprema Rada da Ucrânia, Aleksei Goncharenko (listado como terrorista e extremista pela Federação da Rússia), disse que as forças ucranianas estavam enviando 25% do pessoal de todos os serviços de apoio do Exército para a linha de frente devido à falta de pessoal.

<><> Rússia liberta povoados de Zarya na república de Donetsk e de Novoivanovka na região de Kursk

O agrupamento de tropas Tsentr (Centro) das Forças Armadas da Rússia libertou o povoado de Zarya na República Popular de Donetsk (RPD), enquanto na região de Kursk foi libertado o povoado de Novoivanovka, indica o relatório do Ministério da Defesa da quinta-feira (12).

O agrupamento também repeliu nove contra-ataques do Exército ucraniano, que perdeu até 390 militares e um tanque, segundo informado.

Enquanto isso, na zona operacional do agrupamento de tropas russo Vostok (Leste), as forças de Kiev perderam até 150 efetivos e três peças de artilharia autopropulsada.

Entretanto, o agrupamento de tropas Zapad (Oeste) derrotou o contingente e equipamentos de sete brigadas ucranianas em vários distritos da região de Carcóvia e da RPD, e também repeliu sete contra-ataques, com perdas inimigas totalizando 410 militares.

Já o agrupamento russo Yug (Sul) continuou avançando nas linhas de defesa das forças ucranianas, tendo as perdas das últimas atingido até 295 militares e dois blindados, de acordo com o relatório.

O agrupamento Sever (Norte), por sua vez, eliminou até 65 militares adversários na direção de Carcóvia e libertou o povoado de Novoivanovka na região de Kursk no último dia.

Enquanto isso, a defesa aérea abateu quatro foguetes Himars e 37 drones do tipo aeronave, segundo o ministério.

No total, desde o início da operação militar especial, o Exército russo destruiu:

# 649 aviões;

# 283 helicópteros;

# 37.596 veículos aéreos não tripulados;

# 586 sistemas de mísseis antiaéreos;

# 19.730 tanques e outros veículos blindados de combate;

# 1.500 lançadores múltiplos de foguetes;

# 19.482 peças de artilharia de campanha e morteiros;

# 29.146 veículos militares especiais.

¨      Ucrânia perderá um terço do seu território e não se tornará membro da OTAN, diz premiê eslovaco

A Europa deve iniciar um diálogo normal com a Rússia, disse o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico nesta quinta-feira (12).

"Quero a normalização das relações com a Rússia. Devemos iniciar um diálogo normal, porque o que está acontecendo hoje não é normal. E garanto que quando a guerra acabar para todos, tudo será como de costume. Todos irão para lá [para a Rússia], todos vão querer comprar e vender", disse Fico ao jornal Folha de S.Paulo.

O primeiro-ministro acrescentou que nunca apoiaria a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enquanto ocupar o cargo de chefe de governo.

"O Ocidente decidiu que usaria este conflito para enfraquecer a Rússia; sanções foram introduzidas; bilhões de euros e dólares vão para a Ucrânia, muita ajuda humanitária, muitas armas. Qual é o resultado? Os russos estão ganhando cada vez mais território, as sanções não estão funcionando e a Ucrânia não está mais forte para possíveis negociações", disse Fico.

Fico afirmou ainda que o conflito tem uma vítima principal, a Ucrânia, especialmente "porque ela se deixou ser arrastada para essa aventura que não pode acabar bem para o país". Para o líder eslovaco, além de acabar tendo de sacrificar aproximadamente um terço de seu território, não vai ser convidada para a OTAN, como havia pensado anteriormente.

No final de outubro, o premiê eslovaco disse que não acreditava que a adesão da Ucrânia à OTAN garantiria a segurança de Kiev.

O presidente russo Vladimir Putin disse repetidamente que a possível filiação da Ucrânia à OTAN ameaça a segurança da Rússia. Em junho, Putin apresentou iniciativas para uma solução pacífica do conflito na Ucrânia. De acordo com a iniciativa, Moscou institui um cessar-fogo imediato e declara sua prontidão para negociações após a retirada das tropas ucranianas do território das novas regiões da Rússia.

Além disso, Kiev deve declarar que está abandonando sua intenção de se juntar à OTAN e também realizar a desmilitarização e desnazificação, bem como aceitar um status não alinhado e não nuclear. O líder russo também mencionou o levantamento de sanções contra a Rússia.

<><> Sem posições preparadas perto de Kurakhovo, opção para tropas ucranianas é fugir, diz especialista

As Forças Armadas da Ucrânia não têm para onde se retirar após a rendição da cidade de Kurakhovo, devido à falta de linhas de defesa preparadas, então a retirada vai ser parecida com uma fuga, disse o conselheiro do chefe da República Popular de Donetsk (RPD), Yan Gagin, à Sputnik.

Kurakhovo é uma cidade na parte ocidental da República Popular de Donetsk (RPD), localizada a 46 km de Donetsk e a 30 km ao sul de Krasnoarmeisk (Pokrovsk, na denominação ucraniana).

A cidade tem um importante significado operacional. É o maior assentamento na parte sudoeste de Donbass, que está sob o controle de Kiev por mais tempo desde a libertação de Ugledar.

A conquista de Kurakhovo vai permitir que as forças russas avancem mais em direção à fronteira ocidental da RPD.

Há pouco tempo, o copresidente do Conselho de Coordenação para a Integração de Novas Regiões russas, Vladimir Rogov, relatou que as tropas russas hastearam a bandeira russa no elevador de grãos, o prédio mais alto da cidade de Kurakhovo em que os combates estão ocorrendo.

"O inimigo não tem para onde se retirar, ou seja, não tem linhas de defesa preparadas atrás de si. Agora eles estão recuando para posições despreparadas em alguns povoados, pequenos vilarejos onde estão tentando sobreviver", disse Gagin.

Ele sublinhou que o tempo na região está muito frio e úmido, o que dificulta muito as atividades militares.

Se as posições não estiverem preparadas, os soldados não terão onde se aquecer e também onde se esconder dos bombardeios russos.

"Acontece que a retirada é, digamos, semelhante à fuga."

Ao mesmo tempo, segundo o especialista, o Exército ucraniano já evacuou os equipamentos e comandantes da cidade quase cercada "deixando sua infantaria para a morte".

Portanto, a tomada completa de Kurakhovo é uma questão de dias, de acordo com ele.

<><> OTAN intensifica atividades militares na região do Ártico, diz comandante-chefe da Marinha Russa

Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) intensificaram as atividades militares na região do Ártico e estão aumentando sua presença militar na região, disse o comandante-chefe da Marinha Russa, Aleksandr Moiseev, nesta quinta-feira (12).

"Considerando o Ártico uma região de conflito potencial, os Estados Unidos e os países da OTAN intensificaram as atividades militares na região. Métodos de uso de forças militares em condições climáticas difíceis do Ártico estão sendo elaborados, a área de uso operacional de forças navais no oceano Ártico está sendo expandida, a intensidade do reconhecimento aéreo aumentou, bem como as atividades de navios de reconhecimento e embarcações militares", disse Moiseev na sessão plenária do XIV Fórum Internacional O Ártico: Presente e Futuro.

Moiseev observou que Estados hostis estavam aumentando sua presença militar na região do Ártico.

"Além das medidas políticas e econômicas para deter a Rússia no Ártico, Estados hostis estão aumentando sua presença militar na região. Após o restabelecimento da segunda Frota Operacional da Marinha dos EUA em maio de 2018 e a conclusão da criação do Comando Conjunto Norfolk das Forças Armadas Unidas da OTAN em 2019, o Ártico se tornou, de fato, uma área de operação e uma presença permanente de forças. 2024 não foi exceção."

"O potencial militar aumentou significativamente, principalmente devido ao aumento do desenvolvimento de infraestrutura e à implantação de tropas de forças, principalmente dos Estados Unidos, nos Estados do Ártico", disse Moiseev.

O comandante disse que a situação militar e política no Ártico estava repleta de risco crescente de conflito, tornando vital monitorar ameaças à segurança. Ele identificou o Ártico como uma área-chave de confronto entre as principais potências mundiais.

"A situação militar e política no Ártico está repleta de potencial de conflito crescente causado pela intensificação da competição entre as principais potências pelo acesso aos recursos naturais no oceano Ártico e pelo controle de rotas marítimas e aéreas estratégicas", observou Moiseev.

O chefe da Marinha identificou a suspensão da cooperação com a Rússia dentro de organizações regionais e internacionais, o aumento da presença militar estrangeira no Ártico e a criação de obstáculos por países ocidentais às atividades econômicas da Rússia na região como as principais razões para a deterioração da situação geopolítica no Norte.

¨      Secretário-geral da OTAN espera que países-membros gastem mais de 2% do PIB em defesa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, disse que gastar 2% do PIB em defesa não é mais suficiente e que é necessária uma solução política para aumentar os gastos.

"Na cúpula de 2023, chegamos a um acordo sobre uma meta de 2% de gastos com defesa como porcentagem do PIB. Isso não é suficiente agora", disse Rutte em uma conferência em Bruxelas.

Ele apontou os altos gastos dos países europeus com aposentadorias e benefícios sociais e pediu que parte desses gastos fosse destinada à defesa.

"É necessário sacrificar isso hoje para estarmos seguros amanhã", explicou.

Os países da OTAN concordaram, na cúpula de Vilnius em 2023, em gastar pelo menos 2% do PIB em defesa.

No momento, de acordo com a aliança, 23 dos 32 membros da OTAN gastam 2% do PIB.

De acordo com a mídia ocidental, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, conhecido por criticar a Europa por sua baixa contribuição para a capacidade de defesa da OTAN, pretende exigir que os Estados-membros da organização aumentem os gastos com defesa para 3% do PIB.

Anteriormente, Trump também expressou insatisfação com o desempenho da aliança e ameaçou retirar os EUA da organização se os parceiros europeus não assumissem maior responsabilidade financeira por sua própria segurança.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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