Inteligência dos
EUA está avaliando riscos de segurança após possível derrota da Ucrânia, diz
mídia
Os legisladores
norte-americanos querem que os principais chefes dos serviços de inteligência
do país avaliem os riscos de segurança dos EUA se o país recusar fornecer armas
à Ucrânia e as consequências potenciais para os interesses de segurança
nacional dos EUA em caso de vitória russa na Ucrânia, escreve o jornal The
Hill.
Parlamentares
solicitam que o relatório seja apresentado em até 90 dias após a assinatura da
Lei de Defesa Nacional e parece obscuro como a contribuição dos
chefes de inteligência de Biden será considerada no relatório em comparação com
os indicados de Trump para liderar cargos de inteligência em seu governo.
Note-se, que o
relatório tem de avaliar a continuação ou a retirada do apoio militar e
econômico dos EUA a Kiev, bem como a continuação ou possível retirada da
permissão para que as Forças
Armadas da Ucrânia usem mísseis
de longo alcance para atacar a Rússia poderia afetar a capacidade das
Forças Armadas ucranianas.
"Os
legisladores também querem que os chefes da inteligência avaliem os efeitos da
derrota potencial da Ucrânia pela Rússia para os interesses de segurança
nacional, inclusive a agressão potencial de Rússia, China, Irã e Coreia do
Norte", divulgou.
Segundo a
publicação do The Hill, o relatório não será secreto, porém poderia ter
um anexo confidencial. O documento deve ser encaminhado aos Comitês de
Inteligência da Câmara e do Senado e aos Comitês de Serviços Armados, Relações
Exteriores e Relações Internacionais e Apropriações.
Anteriormente, o
presidente eleito Donald Trump disse que a Ucrânia "provavelmente"
tem de se preparar para ter menos ajuda militar dos EUA quando ele
entrar na Casa
Branca.
¨ Trump condena uso ucraniano de armas de longo alcance
contra Rússia e diz que isso exacerba conflito
O presidente eleito
dos EUA, Donald Trump, afirmou em entrevista à revista Time condenar os ataques
contra a Rússia com uso de armas de longo alcance americanas pelo Exército
ucraniano e ressaltou que isso leva a uma escalada ainda maior do conflito.
"Não concordo
veementemente com o envio de mísseis a centenas de quilômetros do interior da
Rússia. Por que estamos fazendo isso? Estamos apenas intensificando essa guerra
e piorando-a", proclamou Trump.
Além disso, Trump
declarou que pretende usar a ajuda
americana à Ucrânia como alavancagem para
Rússia durante as negociações para encerrar o conflito.
"Quero chegar
a um acordo, e a única maneira de chegar a um acordo é não
abandonar", disse Trump.
Anteriormente,
Trump afirmou que o conflito na Ucrânia nunca teria começado se ele fosse
o presidente dos EUA, e não Biden. Ele também sublinhou que pretende pacificar
o conflito entre a Rússia e a Ucrânia apenas em 24 horas. O porta-voz do
presidente russo, Dmitry
Peskov,
comentando as palavras de Trump, chamou o conflito de um
problema suficientemente complexo para resolvê-lo em um dia.
¨ Comandantes das forças ucranianas são 'açougueiros' e
usam pessoas como 'bucha de canhão', diz mídia
As fileiras dos
comandantes ucranianos ganharam a reputação de "açougueiros", usando
seus subordinados como "bucha de canhão", escreveu o jornal francês.
Recrutas avaliam a
reputação dos comandantes com atenção, porque a qualidade deles não é
igual, alguns deles têm reputação de "açougueiros", que costumam
usar seus subordinados como "bucha de canhão", divulgou a
imprensa.
Segundo o jornal,
o recrutamento
para as tropas ucranianas caiu quase pela metade, de 35 mil pessoas por mês
no início do conflito para 20 mil no último outono europeu. A mídia ressaltou
que isso é insuficiente para compensar as perdas elevadas.
Note-se que a
escassez de homens é especialmente perceptível nas unidades de infantaria
do Exército
ucraniano.
Ao mesmo tempo, a qualidade do treinamento dos novos recrutas é
"regularmente criticada".
Anteriormente, o
jornal Financial Times, citando dois comandantes de unidades ucranianas,
relatou que as Forças Armadas da Ucrânia têm de usar médicos e
cozinheiros como infantaria em vista da falta de pessoal. Mais tarde, um
membro da Suprema Rada da Ucrânia, Aleksei Goncharenko (listado como terrorista
e extremista pela Federação da Rússia), disse que as forças ucranianas estavam
enviando 25% do pessoal de todos os serviços de apoio do Exército
para a linha de frente devido à falta de pessoal.
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Rússia liberta povoados de Zarya na república de Donetsk e de Novoivanovka na
região de Kursk
O agrupamento de
tropas Tsentr (Centro) das Forças Armadas da Rússia libertou o povoado de Zarya
na República Popular de Donetsk (RPD), enquanto na região de Kursk foi
libertado o povoado de Novoivanovka, indica o relatório do Ministério da Defesa
da quinta-feira (12).
O agrupamento
também repeliu nove contra-ataques do Exército
ucraniano,
que perdeu até 390 militares e um tanque, segundo informado.
Enquanto isso, na
zona operacional do agrupamento de tropas russo Vostok (Leste), as forças
de Kiev perderam até 150 efetivos e três peças de artilharia autopropulsada.
Entretanto, o
agrupamento de tropas Zapad (Oeste) derrotou o contingente e
equipamentos de sete brigadas ucranianas em vários
distritos da
região de Carcóvia e da RPD, e também repeliu sete contra-ataques, com perdas
inimigas totalizando 410 militares.
Já o agrupamento
russo Yug (Sul) continuou avançando nas linhas de defesa das forças
ucranianas, tendo as perdas
das últimas atingido
até 295 militares e dois blindados, de acordo com o relatório.
O
agrupamento Sever (Norte), por sua vez, eliminou até 65 militares
adversários na direção de Carcóvia e libertou o povoado de Novoivanovka na
região de Kursk no último dia.
Enquanto isso,
a defesa aérea abateu quatro foguetes Himars e 37 drones do tipo
aeronave, segundo o ministério.
No total, desde o
início da operação militar especial, o Exército russo destruiu:
# 649 aviões;
# 283 helicópteros;
# 37.596 veículos
aéreos não tripulados;
# 586 sistemas de
mísseis antiaéreos;
# 19.730 tanques e
outros veículos blindados de combate;
# 1.500 lançadores
múltiplos de foguetes;
# 19.482 peças de
artilharia de campanha e morteiros;
# 29.146 veículos
militares especiais.
¨ Ucrânia perderá um terço do seu território e não se
tornará membro da OTAN, diz premiê eslovaco
A Europa deve
iniciar um diálogo normal com a Rússia, disse o primeiro-ministro eslovaco
Robert Fico nesta quinta-feira (12).
"Quero a
normalização das relações com a Rússia. Devemos iniciar um diálogo normal,
porque o que está acontecendo hoje não é normal. E garanto que quando a
guerra acabar para todos, tudo será como de costume. Todos irão para lá [para a
Rússia], todos vão querer comprar e vender", disse Fico ao
jornal Folha de S.Paulo.
O primeiro-ministro
acrescentou que nunca
apoiaria a
adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN) enquanto ocupar o cargo de chefe de governo.
"O Ocidente
decidiu que usaria este conflito para enfraquecer a Rússia; sanções foram
introduzidas; bilhões de euros e dólares vão para a Ucrânia, muita ajuda
humanitária, muitas armas. Qual é o resultado? Os russos estão ganhando cada
vez mais território, as sanções não estão funcionando e a Ucrânia não está mais
forte para possíveis negociações", disse Fico.
Fico afirmou ainda
que o conflito tem uma vítima principal, a Ucrânia, especialmente
"porque ela se deixou ser arrastada para essa aventura que não pode acabar
bem para o país". Para o líder eslovaco, além de acabar tendo de
sacrificar aproximadamente um
terço de seu território, não vai ser convidada para a OTAN, como havia pensado
anteriormente.
No final de
outubro, o premiê eslovaco disse que não
acreditava que
a adesão da Ucrânia à OTAN garantiria a segurança de Kiev.
O presidente russo
Vladimir Putin disse repetidamente que a possível filiação da Ucrânia à
OTAN ameaça a segurança da Rússia. Em junho, Putin apresentou iniciativas para
uma solução pacífica do conflito na Ucrânia. De
acordo com a iniciativa, Moscou institui um cessar-fogo imediato e declara sua
prontidão para negociações após a retirada das tropas ucranianas do território
das novas regiões da Rússia.
Além disso, Kiev
deve declarar que está abandonando sua intenção de se juntar à OTAN e
também realizar a desmilitarização e desnazificação, bem como aceitar um status
não alinhado e não nuclear. O líder russo também mencionou o levantamento
de sanções
contra a Rússia.
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Sem posições preparadas perto de Kurakhovo, opção para tropas ucranianas é
fugir, diz especialista
As Forças Armadas
da Ucrânia não têm para onde se retirar após a rendição da cidade de Kurakhovo,
devido à falta de linhas de defesa preparadas, então a retirada vai ser
parecida com uma fuga, disse o conselheiro do chefe da República Popular de
Donetsk (RPD), Yan Gagin, à Sputnik.
Kurakhovo é uma
cidade na parte ocidental da República Popular de Donetsk (RPD), localizada a
46 km de Donetsk e a 30 km ao sul de Krasnoarmeisk (Pokrovsk,
na denominação ucraniana).
A cidade tem um
importante significado operacional. É o maior assentamento na parte
sudoeste de Donbass, que está sob o controle de Kiev por mais tempo desde a
libertação de Ugledar.
A conquista de
Kurakhovo vai permitir que as forças russas avancem mais em direção à fronteira
ocidental da RPD.
Há pouco tempo, o
copresidente do Conselho de Coordenação para a Integração de Novas Regiões
russas, Vladimir Rogov, relatou que as tropas russas hastearam a bandeira russa
no elevador de grãos, o prédio mais alto da cidade
de Kurakhovo em
que os combates estão ocorrendo.
"O inimigo não
tem para onde se retirar, ou seja, não tem linhas de defesa preparadas atrás de
si. Agora eles estão recuando para posições despreparadas em alguns povoados,
pequenos vilarejos onde estão tentando sobreviver", disse Gagin.
Ele sublinhou
que o tempo na região está muito frio e úmido, o que dificulta muito as
atividades militares.
Se as posições não
estiverem preparadas, os soldados não terão onde se aquecer e também onde se
esconder dos bombardeios
russos.
"Acontece que
a retirada é, digamos, semelhante à fuga."
Ao mesmo tempo,
segundo o especialista, o Exército ucraniano já evacuou os equipamentos e
comandantes da cidade quase cercada "deixando sua infantaria para
a morte".
Portanto, a tomada
completa de Kurakhovo é uma questão de dias, de acordo com ele.
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OTAN intensifica atividades militares na região do Ártico, diz comandante-chefe
da Marinha Russa
Os países da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) intensificaram as atividades
militares na região do Ártico e estão aumentando sua presença militar na
região, disse o comandante-chefe da Marinha Russa, Aleksandr Moiseev, nesta
quinta-feira (12).
"Considerando
o Ártico uma região de conflito potencial, os Estados Unidos e os países da
OTAN intensificaram as atividades militares na região. Métodos de uso de forças
militares em condições climáticas difíceis do Ártico estão sendo elaborados,
a área de uso operacional de forças navais no oceano Ártico está sendo
expandida, a intensidade do reconhecimento aéreo aumentou, bem como as
atividades de navios de reconhecimento e embarcações militares", disse
Moiseev na sessão plenária do XIV Fórum Internacional O Ártico: Presente e
Futuro.
Moiseev observou
que Estados hostis estavam aumentando sua presença militar na região
do Ártico.
"Além das
medidas políticas e econômicas para deter
a Rússia no Ártico,
Estados hostis estão aumentando sua presença
militar na
região. Após o restabelecimento da segunda Frota Operacional da Marinha dos EUA
em maio de 2018 e a conclusão da criação do Comando Conjunto Norfolk das Forças
Armadas Unidas da OTAN em 2019, o Ártico se tornou, de fato, uma área de
operação e uma presença permanente de forças. 2024 não foi exceção."
"O potencial
militar aumentou significativamente, principalmente devido ao aumento do
desenvolvimento de infraestrutura e à implantação de tropas
de forças,
principalmente dos Estados Unidos, nos Estados do Ártico", disse Moiseev.
O comandante disse
que a situação militar e política no Ártico estava repleta de risco
crescente de conflito, tornando vital monitorar ameaças
à segurança.
Ele identificou o Ártico como uma área-chave de confronto entre as principais
potências mundiais.
"A situação
militar e política no Ártico está repleta de potencial de conflito
crescente causado pela intensificação da competição entre as principais
potências pelo acesso aos recursos naturais no oceano Ártico e pelo
controle de rotas marítimas e aéreas estratégicas", observou Moiseev.
O chefe da Marinha
identificou a suspensão da cooperação
com a Rússia dentro
de organizações regionais e internacionais, o aumento da presença militar
estrangeira no Ártico e a criação de obstáculos por países ocidentais às
atividades econômicas da Rússia na região como as principais razões para a
deterioração da situação geopolítica no Norte.
¨ Secretário-geral da OTAN espera que países-membros
gastem mais de 2% do PIB em defesa
O secretário-geral
da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, disse que
gastar 2% do PIB em defesa não é mais suficiente e que é necessária uma solução
política para aumentar os gastos.
"Na cúpula de
2023, chegamos a um acordo sobre uma meta de 2% de gastos com defesa como
porcentagem do PIB. Isso não é suficiente agora", disse Rutte em uma
conferência em Bruxelas.
Ele apontou os
altos gastos dos países europeus com aposentadorias e benefícios
sociais e pediu que parte
desses gastos fosse
destinada à defesa.
"É necessário
sacrificar isso hoje para estarmos seguros amanhã", explicou.
Os países da OTAN
concordaram, na cúpula de Vilnius em 2023, em gastar pelo menos 2% do PIB em
defesa.
No momento, de
acordo com a aliança, 23 dos 32 membros da OTAN gastam 2% do PIB.
De acordo com a
mídia ocidental, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, conhecido por
criticar a Europa por sua baixa contribuição para a capacidade de defesa da
OTAN, pretende exigir que os Estados-membros da organização aumentem os gastos
com defesa para 3% do PIB.
Anteriormente,
Trump também expressou insatisfação com o desempenho
da aliança e
ameaçou retirar os EUA da organização se os parceiros europeus não assumissem
maior responsabilidade financeira por sua própria segurança.
Fonte: Sputnik Brasil
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