Nascimento
de búfalo branco é tido como cumprimento de profecia de tribo dos Estados
Unidos
Um
raro búfalo branco nasceu no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados
Unidos, e chega cumprindo uma profecia da tribo nativa Lakota, uma das maiores
do país. Os indígenas acreditam que a vinda do animal é um presságio de tempos
melhores, e, também, um sinal de que mais deve ser feito para proteger a
natureza.
“O
nascimento deste bezerro é ao mesmo tempo uma bênção e um aviso. Devemos fazer
mais”, disse o chefe Arvol Looking Horse, o líder espiritual dos Lakota, em
Dakota e dos Nakota Oyate em Dakota do Sul, de acordo com a NBC News.
Ele
acrescentou que, para os Lakotas, a chegada de um filhote de búfalo branco com
nariz, olhos e cascos pretos é semelhante à segunda vinda de Jesus Cristo. A
lenda do seu povo diz que cerca de 2.000 anos atrás, em uma época em que as
coisas não iam bem – a comida estava escassa e os búfalos estavam desaparecendo
–, a Mulher Bezerro de Búfalo Branco apareceu, apresentou um cachimbo e um
embrulho a um membro da tribo, ensinou-o a orar e disse que o cachimbo poderia
ser usado para trazer búfalos. Ao sair, ela se transformou em um bezerro
branco.
“E
algum dia, quando os tempos estiverem difíceis novamente, voltarei e
permanecerei na Terra como um bezerro de búfalo branco, nariz preto, olhos
pretos, cascos pretos”, apontou Looking Horse sobre a profecia.
Uma
cerimônia para dar um nome ao filhote foi realizada em Yellowstone, mas o líder
dos Lakota não revelou qual foi a escolha. E uma segunda, para comemorar o seu
nascimento, está marcada para 26 de junho na sede da Buffalo Field Campaign, em
West Yellowstone.
Troy
Heinert, diretor executivo do InterTribal Buffalo Council, com sede em Dakota
do Sul, observou à NBC News que outras tribos também reverenciam o búfalo branco. “Muitas
tribos têm sua própria história sobre porque o búfalo branco é tão importante.
Todas remontam a eles sendo muito sagrados”, apontou.
·
Raridade
O
nascimento de búfalos brancos é raro, contudo, Jim Matheson, diretor executivo
da National Bison Association, afirmou que não é possível quantificar o quão
raro é. “Que eu saiba, ninguém jamais rastreou a ocorrência do nascimento de
búfalos brancos ao longo da história. Portanto, não tenho certeza de como
podemos determinar com que frequência isso ocorre.”
Heinert
vê a chegada do animal como um lembrete “de que precisamos viver bem e tratar
os outros com respeito”. “Espero que esse bezerro esteja seguro e viva da
melhor maneira possível no Parque Nacional de Yellowstone, exatamente onde foi
projetado para estar”, complementou.
A
reportagem publicada pela NBC News informa que os funcionários do parque ainda
não tinham visto o filhote e não puderam confirmar seu nascimento no parque,
além de não terem registro de um búfalo branco nascido no local anteriormente.
Quem
tornou o nascimento público foi a norte-americana Erin Braaten. Ela contou que
visitava Yellowstone com sua família quando viu o bichinho no Vale Lamar, no
canto nordeste do parque, em meio a uma manada de búfalos.
“Eu
olho e é um bezerro branco. Eu fiquei totalmente chocada”, contou. A mulher
tirou várias fotos do animal sagrado e o observou por cerca de 30 a 40 minutos.
Ela ainda voltou ao local nos dias seguintes, na esperança, de reencontrá-lo,
mas não teve sorte.
¨
Países longe de
reduzir o desmatamento não têm planos concretos, alerta ONU
Uma
nova análise enfatiza que vários países que ainda estão longe da meta de
reduzir o desmatamento não têm planos concretos. O estudo da parceria UN-Redd
envolve o Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, a Organização das Nações
Unidas para Alimentação Agricultura, FAO e ao Programa da ONU para o
Desenvolvimento, Pnud.
No
grupo de 20 Estados onde o desflorestamento tropical mais ocorre, o Brasil está
entre oito nações que definiram metas para desacelerar a perda de cobertura
florestal em nível nacional.
Moçambique
é outro país de língua portuguesa no grupo que integra Bolívia, Peru, México,
Colômbia, Camarões, Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim, República Democrática do
Congo, Guiné Conacri, Libéria, Madagáscar, Serra Leoa, Indonésia, Laos,
Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã.
Coletivamente,
estes territórios emitiram 5,6 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, tCO2e,
através do desmatamento tropical a cada ano entre 2019 e 2023.
A
análise alerta que o tempo está se esgotando para proteger as florestas do
mundo na sequência do compromisso assumido na Declaração de Líderes de Glasgow,
prevendo reverter a perda florestal até 2030.
Em
termos de metas internas, o relatório Aumentar a ambição, acelerar a ação: Rumo
a Contribuições Nacionalmente Determinadas aprimoradas para florestas aponta
grandes lacunas florestais em campos como proteção, gestão e restauração.
As
emissões resultantes do desmatamento tiveram uma alta desde a Declaração dos
Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra buscando “interromper e
reverter a perda florestal e a degradação da terra até 2030, ao mesmo tempo em
que proporciona desenvolvimento sustentável e promove uma transformação rural
inclusiva”.
·
Aumento nas emissões
resultantes do desflorestamento
Entre
2019 e 2022, o Brasil aparece como uma exceção na América Latina e o Caribe
diante do aumento nas emissões resultantes do desflorestamento. Em terras
brasileiras, a desflorestação teve uma queda de 22%.
O
relatório indica que em relação às promessas feitas entre 2017 e 2023, os
países não atingiram as metas globais de redução pela metade ou reversão do
desmatamento que se pretende até 2030. Apenas oito das 20 nações com maior
desflorestamento tropical estabeleceram metas para reduzir a perda de cobertura
de árvores em suas NDCs.
O
México destaca-se por ter incluído uma meta de adaptação para atingir zero
líquido até 2030. A área mexicana reflorestada corresponderia ou excederia a
área desmatada.
A
Bolívia mira em baixar o desmatamento em 80% até o fim da década. Mais da
metade dessa redução está condicionada ao apoio internacional.
·
Acordo de Paris sobre
Mudanças Climáticas
Já
a Cote d’Ivoire, conhecida como Costa do Marfim, promete baixar
incondicionalmente a taxa em 70% em relação aos níveis de 2015.
A
Colômbia promete baixar o desmatamento para 50 mil hectares/ano até 2030 usando
abordagens de cooperação, tal como prevê o Acordo de Paris sobre Mudanças
Climáticas, para que possa atingir o desflorestamento absoluto.
No
entanto, o relatório aponta a falta de clareza em relação a promessas. Um dos
exemplos é que as metas de cinco países são baseadas em quantidade de hectares.
Já os alvos de três Estados têm por base as emissões, por exemplo, toneladas de
CO2 equivalente. Outros três deles têm os dois parâmetros conjugados.
·
Relevância das
florestas
Ainda
em relação ao Brasil, as NDCs não contêm nenhuma meta relacionada a florestas.
No entanto, o Plano de Ação para prevenção e controle do desmatamento na
Amazônia Legal prevê acabar com a desflorestação até 2030.
A
análise internacional conclui que os compromissos dentro das NDCs dos 20 países
com as maiores emissões por perda de cobertura de árvores não são suficientes
para atingir a meta definida.
O
relatório da ONU observa ainda a relevância das florestas por oferecerem
serviços benéficos aos ecossistemas como a manutenção da qualidade da água,
fornecimento de habitat para polinizadores e recursos para comunidades. As
matas também atuam como sumidouros de carbono essenciais ao contribuir para
mitigar as mudanças climáticas.
Mas
a agricultura está entre as principais razões para o desmatamento devido à
demanda internacional por commodities como óleo de palma, soja e carne bovina.
·
A caminho da COP30
O
documento recomenda o reforço, a melhora e alinhamento das medidas baseadas em
florestas mencionadas nas NDCs com as políticas nacionais claramente definidas.
Outra recomendação é a necessidade de atuação coordenada entre os países
desenvolvidos e florestais para atingir metas definidas em nível internacional.
Outra
sugestão é o aumento dos preços do carbono florestal a uma faixa entre US$
30-50 / tonelada de emissões de CO2 no mercado de carbono.
O
relatório observa ainda que devem ser promovidos modelos como participação de
comunidades locais e dos povos indígenas, e ainda o reconhecimento de suas
terras florestais e direitos de carbono para a proteção das florestas.
A
redução bem-sucedida do desmatamento na Amazônia brasileira em 2023 é atribuída
à aplicação aperfeiçoada das leis existentes em meio a atividades ilegais que
ocorrem em terras indígenas.
A
realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, COP30,
em território brasileiro é tida como um marco global para a ambição na proteção
florestal.
O
relatório ressalta que à medida que os países se preparam para a apresentação
da próxima rodada de NDCs no evento, aqueles que tenham extensa cobertura
florestal, devem incluir metas concretas e mensuráveis sobre florestas em suas
NDCs revisadas.
Fonte:
Um Só Planeta
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