Palavra de Sá

Hematoma subdural: o que é, sintomas causas e tratamento

O hematoma subdural é uma condição caracterizada pelo acúmulo de sangue entre o crânio e a dura-máter, uma membrana que cobre o cérebro, podendo causar sintomas como dor de cabeça persistente, confusão mental, sonolência, fala arrastada e tonturas.

O hematoma subdural pode ser causado principalmente por traumatismo craniano, que pode acontecer durante quedas, acidentes de carro, moto ou bicicleta, ou ainda durante atividades esportivas, por exemplo.

Assim, na presença de sintomas indicativos de hematoma subdural, é recomendado consultar o clínico geral para que seja feita uma avaliação completa e indicado o tratamento mais adequado, incluindo o uso de medicamentos diuréticos, corticoides e anticonvulsivantes ou a cirurgia de descompressão.

·        Principais sintomas

Os principais sintomas do hematoma subdural são:

• Dor de cabeça intensa e persistente;
• Confusão mental;
• Sonolência;
• Fala arrastada;
• Alterações na visão;
• Paralisia em um lado do corpo;
• Tonturas;
• Convulsões.

Os sintomas do hematoma subdural variam conforme o tamanho do hematoma e podem surgir logo após uma lesão na cabeça, mas também podem se desenvolver depois de dias ou semanas.

·        Sintomas de hematoma subdural em bebês

Os bebês com hematoma subdural podem apresentar sintomas como aumento do volume das fontanelas, conhecidas popularmente como moleira, convulsões, choro intenso, irritabilidade, vômito persistente, aumento do tamanho da cabeça e aumento do sono ou moleza.

·        Diferença entre hematoma epidural e subdural

O hematoma epidural é um sangramento entre a parte interna do crânio e a dura-máter, que é a cobertura externa do cérebro, podendo causar dor de cabeça intensa, confusão mental e convulsões.

O hematoma subdural pode provocar os mesmos sintomas do hematoma epidural, no entanto, o hematoma subdural é caracterizado pelo acúmulo de sangue entre a dura-máter e a superfície do cérebro.

·        Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do hematoma subdural deve ser feito pelo clínico geral, ou neurologista, por meio da avaliação dos sintomas apresentados e do histórico de saúde da pessoa.

Para confirmar o diagnóstico, o médico também solicita exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e ainda o exame de sangue, para avaliar a coagulação sanguínea.

Além disso, o médico também poderá aplicar a Escala de Glasgow, um teste usado para avaliar o nível de consciência da pessoa e determinar a gravidade da lesão cerebral.

<><><> Principais tipos

Os tipos de hematoma subdural variam conforme o tempo de surgimento dos sintomas e incluem:

·        1. Hematoma subdural crônico

O hematoma subdural crônico é mais comum em pessoas idosas, onde o sangramento acontece lentamente e os sintomas podem levar semanas ou meses para surgir.

Por isso, nesse tipo de hematoma subdural, a pessoa pode não se lembrar de como aconteceu a lesão na cabeça e não perceber os sintomas.

·        2. Hematoma subdural agudo

O hematoma subdural agudo é o tipo mais grave dessa condição, onde os sintomas surgem dentro de alguns minutos ou horas após um trauma na cabeça.

Nesse tipo de hematoma subdural, a pressão no cérebro aumenta rapidamente e, se não for tratado rapidamente, pode causar a perda de consciência, paralisia e até a morte.

·        Hematoma subdural extenso

O hematoma subdural extenso é caracterizado por uma quantidade elevada de sangue acumulado entre o cérebro e o crânio, podendo causar sintomas graves, como dores de cabeça intensas, confusão e perda de consciência, por exemplo.

·        Possíveis causas

O hematoma subdural é geralmente causado por lesões na cabeça provocadas por quedas, acidentes de carro, moto ou bicicleta, ou atividades esportivas.

Além disso, algumas condições que também aumentam o risco de hematoma subdural são:

• Uso de medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários;
• Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
• Epilepsia;
• Hemofilia;
• Aneurisma cerebral.

Já em bebês e crianças pequenas, o hematoma subdural pode surgir após abuso infantil, sendo observado durante a síndrome do bebê sacudido, uma lesão cerebral grave causada por sacudir o bebê com força para frente e para trás, causando sangramentos e diminuição de oxigênio no cérebro.

·        Como é feito o tratamento

O tratamento do hematoma subdural varia conforme a gravidade dessa condição e inclui:

• Cirurgia, incluindo a perfuração do crânio para drenar o sangue e aliviar a pressão no cérebro, ou a remoção de coágulos através da craniotomia;
• Medicamentos, como diuréticos, anticonvulsivantes e corticoides.

O tempo de recuperação após o hematoma subdural varia conforme a idade da pessoa e a gravidade da lesão, podendo acontecer num prazo de algumas semanas ou meses, ou até mesmo levar alguns anos.

·        Possíveis complicações

As possíveis complicações do hematoma subdural em adultos são hérnia cerebral, hemorragia, convulsões, coma e morte.

Além disso, essa condição também pode causar sequelas em algumas pessoas, como alterações no humor, problemas de concentração ou memória e problemas de fala.

Já em crianças, o hematoma subdural pode causar problemas neurológicos graves, como convulsões e atraso no desenvolvimento neurológico com paralisia cerebral.

 

¨      Traumatismo craniano: o que é, sintomas, tratamento e sequelas

 

O traumatismo craniano é uma lesão no crânio que geralmente é provocada por uma pancada forte na cabeça, podendo causar sintomas como perda da consciência e/ou memória, confusão mental ou dor de cabeça e, em alguns casos, lesões cerebrais graves.

Normalmente, o traumatismo craniano é causado por acidentes de carro, quedas e acidentes durante a prática de esportes ou atividades recreativas, podendo ser classificado de acordo com a gravidade dos sintomas e das lesões no cérebro.

Em caso de suspeita de traumatismo craniano, é recomendado procurar uma emergência para avaliação. O tratamento depende da sua gravidade e pode envolver medicamentos para aliviar a dor, sutura de feridas e, nos casos mais graves, cirurgia.

<><><> Principais sintomas 

Os principais sintomas de traumatismo craniano são: 

• Perda da consciência e/ou memória;
• Dor de cabeça intensa;
• Confusão mental, sonolência excessiva ou irritabilidade;
• Pupilas de tamanhos diferentes;
• Dificuldade para enxergar e/ou visão dupla;
• Vômitos;
• Crise convulsiva;
• Sangramentos e/ou manchas roxas na cabeça ou rosto.

Mesmo que a pessoa não perca a consciência ou acorde rapidamente após uma pancada forte na cabeça, especialmente em caso de crianças, idosos ou surgimento de outros sintomas, é recomendado procurar a emergência para uma avaliação por existir um maior risco de lesões cerebrais. 

Nas crianças, os sintomas de traumatismo craniano podem também incluir choro persistente, dificuldade para mamar, recusa para comer e afundamentos na cabeça, podendo surgir após quedas de superfícies como a mesa, sofá ou cama.

·        Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de traumatismo craniano é feito clínico geral baseado nos sintomas, histórico de pancadas ou ferimentos recentes na cabeça e, algumas vezes, resultado de exames como a tomografia ou ressonância magnética do crânio, que podem identificar lesões cerebrais.

Caso precise de um médico, é possível encontrar o clínico geral mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo:

<><><> Causas do traumatismo craniano

As principais causas de traumatismo craniano são:

• Acidentes automobilísticos;
• Quedas;
• Ferimentos por armas de fogo; 
• Esportes e atividades de recreação.

Em geral, qualquer situação que provoque uma pancada, movimentação brusca ou ferimento profundo na cabeça pode causar um traumatismo craniano caso afete o funcionamento normal do cérebro, mesmo que temporariamente. 

Especialmente em crianças e idosos, as quedas podem provocar este tipo de trauma cerebral.

·        Tipos de traumatismo craniano

O traumatismo craniano pode ser classificado em:

• Leve: é o tipo mais comum e, embora a pessoa possa ficar inconsciente após a pancada em alguns casos, normalmente se recupera em menos de 30 minutos. Além disso, algumas vezes a pessoa pode precisar permanecer nas próximas horas em observação na emergência antes de ser liberada para casa;
• Moderado: a pessoa fica inconsciente de 30 minutos a 24 horas após pancada e pode apresentar lesões cerebrais em exames de imagem como a tomografia, por exemplo. O tratamento deve ser feito em um hospital e a pessoa deve ficar internada;
• Grave: a perda da consciência dura mais de 24 horas, podendo existir lesões cerebrais graves, como grandes sangramentos na cabeça. Nestes casos, é comum a pessoa ficar internada em uma UTI.

Além disso, algumas vezes a pessoa pode não se lembrar dos acontecimentos imediatamente antes da pancada na cabeça, o que pode persistir por até mais de uma semana nos casos de traumatismo craniano grave.

·        Como é feito o tratamento 

O tratamento para traumatismo craniano depende da sua gravidade e é orientado por um neurologista após a realização de tomografia computadorizada ou ressonância magnética. No entanto, pode envolver também médicos de outras especialidades, como o ortopedista, especialmente em caso de fraturas.

Nos casos mais leves, o médico pode indicar o uso de medicamentos para dor e realizar a sutura e/ou curativos de feridas. Além disso, algumas vezes pode ser indicado que a pessoa fique em observação por 4 a 6 horas após o atendimento antes de poder ir para casa.

Já nos casos de traumatismo craniano moderado ou grave, especialmente quando existem hemorragias cerebrais ou fraturas, pode ser indicada a cirurgia para aliviar a pressão na cabeça e controlar sangramentos. Nestes casos, normalmente é necessária a internação em UTI por alguns dias.

Além disso, em alguns casos, o médico pode indicar o coma induzido, que serve para diminuir a atividade cerebral, de forma a acelerar a recuperação.

·        Possíveis sequelas

O traumatismo craniano pode provocar sequelas como alterações de comportamento, perda dos movimentos de partes do corpo, alterações da visão ou controle da respiração e problemas intestinais ou urinários, que podem surgir logo após o trauma, ou um tempo depois.

A pessoa que sofreu de um traumatismo craniano pode ainda ter dificuldades para falar ou engolir, perda de memória, apatia, agressividade, irritabilidade e alterações do sono.

No entanto, após identificar uma sequela, o médico pode indicar o tratamento com profissionais como um fisiatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo ou terapeuta ocupacional, para ajudar na recuperação e melhorar a qualidade de vida da pessoa que sofreu o traumatismo craniano.

 

Fonte: Tua Saúde