Estratégia militar e exigências de Zelensky testam paciência dos países
da OTAN, diz mídia dos EUA
A estratégia militar de Kiev e as exigências
constantes por suprimentos de armas testam a paciência dos países da OTAN,
escreve CNBC.
Washington ficou zangado com o comportamento do
presidente da Ucrânia Vladimir Zelensky na última cúpula da OTAN. "Assim,
os EUA aconselham fortemente a Ucrânia a não fazer certas coisas, mas mesmo
assim Kiev as faz, descartando ou ignorando as preocupações expressas",
escreve o artigo.
A mídia observa que a Ucrânia precisa encontrar um
equilíbrio entre as exigências que apresenta aos aliados e o entendimento de
suas próprias perspectivas, prioridades e as considerações políticas dos
parceiros.
Ressalta-se que Zelensky irrita o Ocidente com sua
estratégia militar. A estratégia da Ucrânia – e a importância simbólica que
colocou na luta por cada pedaço do território ucraniano – às vezes colidiu com
a perspectiva militar e o pragmatismo de seus aliados.
"A decisão de lutar por Bakhmut [Artyomovsk]
causou confusão entre os estrategistas da aliança, resultando na perda de
pessoas e armas necessárias para a ofensiva atual", conclui o artigo.
A ofensiva ucraniana nas linhas de operações a sul
de Donetsk, Zaporozhie e Artyomovsk começou em 4 de junho. Nesta segunda-feira
(31), o ministro da Defesa da Rússia Sergei Shoigu disse que no mês passado a
Ucrânia perdeu 20.824 militares e 2.227 unidades de diversas armas, incluindo
dez tanques Leopard, 11 veículos blindados Bradley e dezenas de peças de
artilharia ocidentais.
<><> 'Eles são enviados para abate', diz ex-agente da CIA
descrevendo a contraofensiva ucraniana
O Ocidente exige que as Forças Armadas da Ucrânia,
despreparadas para um confronto com o Exército russo, sejam eficazes e
transformem a contraofensiva em um massacre, disse o ex-funcionário da CIA
Larry Johnson em uma entrevista ao canal do YouTube Dialogue Works.
"Os ucranianos estão sob grande pressão do
Ocidente, é exigido a eles que façam algo e rapidamente", disse ele.
Como resultado, as Forças Armadas ucranianas têm
que jogar soldados e veículos blindados nas bem fortificadas linhas de defesa
russa, explicou o especialista.
"Na verdade, eles são enviados para abate. Não
há melhor maneira de descrever o que se passa", disse Johnson.
O principal problema das tropas ucranianas é a
falta de artilharia e quase nenhuma aviação, de modo que suas forças continuarão
a se esgotar, concluiu o ex-analista.
Como o presidente russo Vladimir Putin enfatizou
repetidamente, a Rússia não está tentando intensificar o conflito ucraniano,
mas sim acabar com ele. Mas os países ocidentais falam constantemente sobre a
necessidade de continuar lutando, aumentar a oferta de armas e treinar
combatentes das Forças Armadas da Ucrânia em seu território.
Moscou afirmou, por sua vez, que a assistência
militar estrangeira não augura nada de bom para a Ucrânia e apenas prolonga a
crise.
Ø Moscou: Kiev tenta criar coalizão contra Rússia usando 'fórmula de paz'
de Zelensky
As reuniões sobre uma resolução pacífica da
situação na Ucrânia sob a égide da chamada "fórmula de paz" de
Zelensky são uma tentativa de Kiev de formar uma coalizão antirrussa, afirmou a
representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria
Zakharova, na quarta-feira (2).
"As reuniões realizadas por iniciativa do
regime de Kiev e seus curadores ocidentais para promover a 'fórmula de
Zelensky' são uma farsa. Isso é uma tentativa de se aproveitarem das intenções
sinceras de vários Estados para juntar uma coalizão anti-Rússia", disse
Zakharova na coletiva de imprensa.
Ela observou que tais cúpulas também visam
monopolizar o direito das autoridades de Kiev de apresentar iniciativas de paz
com a desvalorização de outras propostas.
"O plano pseudopacífico do regime de Kiev não
tem nada a ver com a paz, consiste em ultimatos e exigências deliberadamente
inaceitáveis ao nosso país", acrescentou Zakharova.
Por sua vez, Moscou indicou repetidamente que está
pronta para negociações, mas Kiev introduziu uma proibição legislativa sobre
elas. O Ocidente está constantemente pedindo à Rússia para negociar, para o que
Moscou demonstra sua prontidão, mas ao mesmo tempo no Ocidente eles ignoram a
constante recusa de Kiev ao diálogo.
Como foi afirmado no Kremlin, a situação na Ucrânia
pode se resolver de uma maneira pacífica, desde que a situação de fato e as
novas realidades sejam levadas em conta, todas as demandas de Moscou são bem
conhecidas.
Ø Rússia e África do Sul concordam em cooperação na produção de
combustível nuclear
Nesta quarta-feira (2), uma subsidiária da Rosatom
assinou um memorando de cooperação em energia nuclear com a Nesca africana
visando a produção de combustível na África.
A empresa russa de combustível nuclear TVEL,
subsidiária da corporação estatal de energia atômica Rosatom, disse nesta
quarta-feira que assinou um memorando de cooperação com a Corporação de Energia
Nuclear da África do Sul, Nesca, no campo da produção de combustível nuclear.
O memorando foi assinado durante a cúpula
Rússia-África na semana passada (28).
"Ambas as empresas visam combinar competências
existentes nesta área e maior interação para desenvolver capacidades
relevantes", disse a TVEL em um comunicado.
Na última quinta-feira (27), o chefe da corporação
nuclear estatal russa Rosatom, Aleksei Likhachyov, afirmou que África tem um
potencial de crescimento incrível na geração de energia.
"A África está prestes a aumentar sua
população de um quinto para um terço da população mundial. Se olharmos para a
geração global de eletricidade, em 2022 cerca de 30 trilhões de quilowatts-hora
serão gerados globalmente, enquanto a África será responsável por menos de um
trilhão disso. Esse desequilíbrio não pode continuar por muito tempo",
disse Likhachyov.
·
Diplomata: africanos sabem que armas russas são
melhores que as ocidentais
Os líderes africanos têm tido a possibilidade de
comparar o desempenho das armas russas e de seus congêneres ocidentais durante
o conflito com a Ucrânia, disse o embaixador russo Oleg Ozerov.
Ozerov é chefe do secretariado do Fórum de Parceria
Rússia-África e é o representante de Moscou para as relações com os países
africanos. Em entrevista no canal de TV russo Pervy, o ministro disse que a
cooperação técnico-militar entre Rússia e África está aumentando rapidamente.
"Eles analisam cuidadosamente a experiência
das operações de combate, observando que as armas russas são muito superiores
em qualidade às muito promovidas armas ocidentais", disse Ozerov,
acrescentando que isso despertou o interesse nas vendas de armas.
Representantes de 48 países africanos participaram
da Segunda Cúpula Rússia-África, em São Petersburgo, na semana passada.
Não foram só as armas que despertaram o interesse
dos líderes africanos. De acordo com os organizadores, os visitantes tiveram
muitas discussões sobre questões humanitárias e tecnológicas, agricultura e
energia.
Ø Ancara: Erdogan e Putin acordam durante conversa telefônica visita de
Putin à Turquia
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan acordou com
seu homólogo russo, Vladimir Putin, a visita do líder russo à Turquia, informou
o gabinete presidencial.
O presidente Erdogan realizou uma conversa
telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (2).
"Durante a conversa os líderes chegaram a um
acordo sobre a visita de Putin à Turquia", aponta declaração obtida pela
Sputnik. Entretanto, a data da visita não foi especificada.
Além disso, Erdogan e Putin discutiram o futuro do
acordo de grãos. O presidente turco garantiu ao líder russo que Ancara
continuará a fazer esforços para que o pacto alimentar seja retomado.
"Erdogan sublinhou que se a Iniciativa do Mar
Negro não funcionar por muito tempo, isso não beneficiará ninguém, os países
mais pobres que precisam de grãos serão os primeiros a sofrer", aponta o
comunicado do gabinete presidencial turco.
Por sua parte, o Kremlin confirmou que Vladimir
Putin delineou a posição de princípio da Rússia em relação à cessação do
"pacote" de acordos sobre a exportação de cereais ucranianos dos
portos do mar Negro e o desbloqueamento do fornecimento de alimentos e
fertilizantes russos.
Destaca-se que, em condições de completa falta de
progresso na implementação da parte russa do acordo de grãos, sua extensão
seguinte perdeu o sentido. Foi confirmada a prontidão para o retorno de Moscou
aos acordos de Istambul assim que o Ocidente cumprir todos os seus compromissos
com a Rússia.
Ressalta-se que, levando em consideração as
necessidades dos países mais necessitados em alimentos, estão sendo estudadas
opções confiáveis para o fornecimento de grãos russos, inclusive gratuitamente.
Esta questão foi substancialmente discutida na
cúpula Rússia-África realizada recentemente em São Petersburgo. Foi expressa a
intenção de cooperar neste domínio com a Turquia e outros países interessados.
Presidente russo apontou repetidamente que os
países ocidentais receberam a maior parte das exportações alimentares, mas o
suprimento de grãos para os países necessitados, incluindo países africanos,
que foi o principal objetivo do acordo, nunca foi realizado.
Ø EUA usam Taiwan como instrumento para provocar conflito com China,
aponta acadêmica
A política externa dos EUA no Pacífico desde a
Segunda Guerra Mundial tem tido como objetivo negar à China seu lugar na mesa
das Nações Unidas e semear divisões entre Pequim e Moscou, disse a acadêmica
Radhika Desai à Sputnik.
Os EUA estão usando Taiwan como instrumento para
provocar um conflito com a China, aponta a acadêmica. A dra. Radhika Desai,
professora do Departamento de Estudos Políticos e diretora do Grupo de Pesquisa
em Economia Geopolítica da Universidade de Manitoba, no Canadá, salientou que,
até 1972, a política de Washington estabelecia o reconhecimento de Taiwan como
a única autoridade soberana sobre a China continental.
"Os EUA reconheciam o governo de Taiwan como o
governo legítimo de toda a China, incluindo a continental. Agora vemos o quão
ridículo isso era", observou a especialista.
A mudança dessa política na presidência de Richard
Nixon foi apenas uma tentativa de "provocar um afastamento ainda maior
entre a China e a União Soviética na época", quando a tensão
sino-soviética estava em curso.
Entretanto, atualmente, ao contrário dos EUA, que parecem
incentivar um confronto militar por Taiwan, fornecendo armas avaliadas em
milhões de dólares e enviando instrutores militares para Taipé, a China não
procura solucionar o problema através das armas.
"Com o passar do tempo, à medida que a China e
Taiwan se integram cada vez mais, em algum momento, uma linha será cruzada e a
maioria das pessoas em Taiwan dirá: Ei, já somos parte da China economicamente,
então qual é o problema? Vamos nos tornar parte da China em todos os outros
aspectos políticos também", acrescentou Desai. "Mas o acúmulo de
armas dos EUA e o esforço de constantemente tentar fazer com que a liderança de
Taiwan se mostre hostil em relação a China continental […] está realmente pondo
em perigo o processo pacífico de unificação", concluiu ela.
Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden,
aprovou a alocação de US$ 345 milhões (R$ 1,63 bilhão) em ajuda militar a
Taiwan, segundo um memorando divulgado pela Casa Branca.
Ø Biden quer fornecer armas a Taiwan usando orçamento para Ucrânia, diz
mídia
O presidente dos EUA, Joe Biden, pretende apelar ao
Congresso com um pedido para financiar armas para Taiwan dentro do orçamento
adicional para a Ucrânia, diz o jornal Financial Times, citando fontes
familiarizadas com a situação.
"A Casa Branca vai pedir ao Congresso para
financiar armas para Taiwan como parte de um pedido de orçamento suplementar
para a Ucrânia", escreve o jornal.
Como observado, o pedido da Casa Branca visa
acelerar o fluxo de armas para Taiwan no contexto de uma suposta ameaça crescente
da China.
Segundo fontes, o Escritório de Administração e
Orçamento dos Estados Unidos incluirá financiamento para Taiwan em um pedido
adicional como parte de um esforço para acelerar o fluxo de armas.
Se aprovada pelo Congresso, Taiwan receberá armas
pela primeira vez através de um sistema financiado pelos contribuintes dos
Estados Unidos, observa a publicação. A Casa Branca deve emitir um pedido em
agosto.
O Financial Times observa que a Casa Branca se
recusou a comentar ou divulgar detalhes de quanto dinheiro seria solicitado
para Taiwan.
Anteriormente, foi relatado que o presidente dos
EUA, Joe Biden, ordenou a alocação de US$ 345 milhões (R$ 1,63 bilhão) em ajuda
militar a Taiwan. Os fundos serão gastos em necessidades e serviços de defesa,
bem como em formação e treinamento.
Fonte: Sputnik Brasil
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