quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Estratégia militar e exigências de Zelensky testam paciência dos países da OTAN, diz mídia dos EUA

A estratégia militar de Kiev e as exigências constantes por suprimentos de armas testam a paciência dos países da OTAN, escreve CNBC.

Washington ficou zangado com o comportamento do presidente da Ucrânia Vladimir Zelensky na última cúpula da OTAN. "Assim, os EUA aconselham fortemente a Ucrânia a não fazer certas coisas, mas mesmo assim Kiev as faz, descartando ou ignorando as preocupações expressas", escreve o artigo.

A mídia observa que a Ucrânia precisa encontrar um equilíbrio entre as exigências que apresenta aos aliados e o entendimento de suas próprias perspectivas, prioridades e as considerações políticas dos parceiros.

Ressalta-se que Zelensky irrita o Ocidente com sua estratégia militar. A estratégia da Ucrânia – e a importância simbólica que colocou na luta por cada pedaço do território ucraniano – às vezes colidiu com a perspectiva militar e o pragmatismo de seus aliados.

"A decisão de lutar por Bakhmut [Artyomovsk] causou confusão entre os estrategistas da aliança, resultando na perda de pessoas e armas necessárias para a ofensiva atual", conclui o artigo.

A ofensiva ucraniana nas linhas de operações a sul de Donetsk, Zaporozhie e Artyomovsk começou em 4 de junho. Nesta segunda-feira (31), o ministro da Defesa da Rússia Sergei Shoigu disse que no mês passado a Ucrânia perdeu 20.824 militares e 2.227 unidades de diversas armas, incluindo dez tanques Leopard, 11 veículos blindados Bradley e dezenas de peças de artilharia ocidentais.

<><> 'Eles são enviados para abate', diz ex-agente da CIA descrevendo a contraofensiva ucraniana

O Ocidente exige que as Forças Armadas da Ucrânia, despreparadas para um confronto com o Exército russo, sejam eficazes e transformem a contraofensiva em um massacre, disse o ex-funcionário da CIA Larry Johnson em uma entrevista ao canal do YouTube Dialogue Works.

"Os ucranianos estão sob grande pressão do Ocidente, é exigido a eles que façam algo e rapidamente", disse ele.

Como resultado, as Forças Armadas ucranianas têm que jogar soldados e veículos blindados nas bem fortificadas linhas de defesa russa, explicou o especialista.

"Na verdade, eles são enviados para abate. Não há melhor maneira de descrever o que se passa", disse Johnson.

O principal problema das tropas ucranianas é a falta de artilharia e quase nenhuma aviação, de modo que suas forças continuarão a se esgotar, concluiu o ex-analista.

Como o presidente russo Vladimir Putin enfatizou repetidamente, a Rússia não está tentando intensificar o conflito ucraniano, mas sim acabar com ele. Mas os países ocidentais falam constantemente sobre a necessidade de continuar lutando, aumentar a oferta de armas e treinar combatentes das Forças Armadas da Ucrânia em seu território.

Moscou afirmou, por sua vez, que a assistência militar estrangeira não augura nada de bom para a Ucrânia e apenas prolonga a crise.

 

Ø  Moscou: Kiev tenta criar coalizão contra Rússia usando 'fórmula de paz' de Zelensky

 

As reuniões sobre uma resolução pacífica da situação na Ucrânia sob a égide da chamada "fórmula de paz" de Zelensky são uma tentativa de Kiev de formar uma coalizão antirrussa, afirmou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, na quarta-feira (2).

"As reuniões realizadas por iniciativa do regime de Kiev e seus curadores ocidentais para promover a 'fórmula de Zelensky' são uma farsa. Isso é uma tentativa de se aproveitarem das intenções sinceras de vários Estados para juntar uma coalizão anti-Rússia", disse Zakharova na coletiva de imprensa.

Ela observou que tais cúpulas também visam monopolizar o direito das autoridades de Kiev de apresentar iniciativas de paz com a desvalorização de outras propostas.

"O plano pseudopacífico do regime de Kiev não tem nada a ver com a paz, consiste em ultimatos e exigências deliberadamente inaceitáveis ao nosso país", acrescentou Zakharova.

Por sua vez, Moscou indicou repetidamente que está pronta para negociações, mas Kiev introduziu uma proibição legislativa sobre elas. O Ocidente está constantemente pedindo à Rússia para negociar, para o que Moscou demonstra sua prontidão, mas ao mesmo tempo no Ocidente eles ignoram a constante recusa de Kiev ao diálogo.

Como foi afirmado no Kremlin, a situação na Ucrânia pode se resolver de uma maneira pacífica, desde que a situação de fato e as novas realidades sejam levadas em conta, todas as demandas de Moscou são bem conhecidas.

 

Ø  Rússia e África do Sul concordam em cooperação na produção de combustível nuclear

 

Nesta quarta-feira (2), uma subsidiária da Rosatom assinou um memorando de cooperação em energia nuclear com a Nesca africana visando a produção de combustível na África.

A empresa russa de combustível nuclear TVEL, subsidiária da corporação estatal de energia atômica Rosatom, disse nesta quarta-feira que assinou um memorando de cooperação com a Corporação de Energia Nuclear da África do Sul, Nesca, no campo da produção de combustível nuclear.

O memorando foi assinado durante a cúpula Rússia-África na semana passada (28).

"Ambas as empresas visam combinar competências existentes nesta área e maior interação para desenvolver capacidades relevantes", disse a TVEL em um comunicado.

Na última quinta-feira (27), o chefe da corporação nuclear estatal russa Rosatom, Aleksei Likhachyov, afirmou que África tem um potencial de crescimento incrível na geração de energia.

"A África está prestes a aumentar sua população de um quinto para um terço da população mundial. Se olharmos para a geração global de eletricidade, em 2022 cerca de 30 trilhões de quilowatts-hora serão gerados globalmente, enquanto a África será responsável por menos de um trilhão disso. Esse desequilíbrio não pode continuar por muito tempo", disse Likhachyov.

·         Diplomata: africanos sabem que armas russas são melhores que as ocidentais

Os líderes africanos têm tido a possibilidade de comparar o desempenho das armas russas e de seus congêneres ocidentais durante o conflito com a Ucrânia, disse o embaixador russo Oleg Ozerov.

Ozerov é chefe do secretariado do Fórum de Parceria Rússia-África e é o representante de Moscou para as relações com os países africanos. Em entrevista no canal de TV russo Pervy, o ministro disse que a cooperação técnico-militar entre Rússia e África está aumentando rapidamente.

"Eles analisam cuidadosamente a experiência das operações de combate, observando que as armas russas são muito superiores em qualidade às muito promovidas armas ocidentais", disse Ozerov, acrescentando que isso despertou o interesse nas vendas de armas.

Representantes de 48 países africanos participaram da Segunda Cúpula Rússia-África, em São Petersburgo, na semana passada.

Não foram só as armas que despertaram o interesse dos líderes africanos. De acordo com os organizadores, os visitantes tiveram muitas discussões sobre questões humanitárias e tecnológicas, agricultura e energia.

 

Ø  Ancara: Erdogan e Putin acordam durante conversa telefônica visita de Putin à Turquia

 

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan acordou com seu homólogo russo, Vladimir Putin, a visita do líder russo à Turquia, informou o gabinete presidencial.

O presidente Erdogan realizou uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (2).

"Durante a conversa os líderes chegaram a um acordo sobre a visita de Putin à Turquia", aponta declaração obtida pela Sputnik. Entretanto, a data da visita não foi especificada.

Além disso, Erdogan e Putin discutiram o futuro do acordo de grãos. O presidente turco garantiu ao líder russo que Ancara continuará a fazer esforços para que o pacto alimentar seja retomado.

"Erdogan sublinhou que se a Iniciativa do Mar Negro não funcionar por muito tempo, isso não beneficiará ninguém, os países mais pobres que precisam de grãos serão os primeiros a sofrer", aponta o comunicado do gabinete presidencial turco.

Por sua parte, o Kremlin confirmou que Vladimir Putin delineou a posição de princípio da Rússia em relação à cessação do "pacote" de acordos sobre a exportação de cereais ucranianos dos portos do mar Negro e o desbloqueamento do fornecimento de alimentos e fertilizantes russos.

Destaca-se que, em condições de completa falta de progresso na implementação da parte russa do acordo de grãos, sua extensão seguinte perdeu o sentido. Foi confirmada a prontidão para o retorno de Moscou aos acordos de Istambul assim que o Ocidente cumprir todos os seus compromissos com a Rússia.

Ressalta-se que, levando em consideração as necessidades dos países mais necessitados em alimentos, estão sendo estudadas opções confiáveis para o fornecimento de grãos russos, inclusive gratuitamente.

Esta questão foi substancialmente discutida na cúpula Rússia-África realizada recentemente em São Petersburgo. Foi expressa a intenção de cooperar neste domínio com a Turquia e outros países interessados.

Presidente russo apontou repetidamente que os países ocidentais receberam a maior parte das exportações alimentares, mas o suprimento de grãos para os países necessitados, incluindo países africanos, que foi o principal objetivo do acordo, nunca foi realizado.

 

Ø  EUA usam Taiwan como instrumento para provocar conflito com China, aponta acadêmica

 

A política externa dos EUA no Pacífico desde a Segunda Guerra Mundial tem tido como objetivo negar à China seu lugar na mesa das Nações Unidas e semear divisões entre Pequim e Moscou, disse a acadêmica Radhika Desai à Sputnik.

Os EUA estão usando Taiwan como instrumento para provocar um conflito com a China, aponta a acadêmica. A dra. Radhika Desai, professora do Departamento de Estudos Políticos e diretora do Grupo de Pesquisa em Economia Geopolítica da Universidade de Manitoba, no Canadá, salientou que, até 1972, a política de Washington estabelecia o reconhecimento de Taiwan como a única autoridade soberana sobre a China continental.

"Os EUA reconheciam o governo de Taiwan como o governo legítimo de toda a China, incluindo a continental. Agora vemos o quão ridículo isso era", observou a especialista.

A mudança dessa política na presidência de Richard Nixon foi apenas uma tentativa de "provocar um afastamento ainda maior entre a China e a União Soviética na época", quando a tensão sino-soviética estava em curso.

Entretanto, atualmente, ao contrário dos EUA, que parecem incentivar um confronto militar por Taiwan, fornecendo armas avaliadas em milhões de dólares e enviando instrutores militares para Taipé, a China não procura solucionar o problema através das armas.

"Com o passar do tempo, à medida que a China e Taiwan se integram cada vez mais, em algum momento, uma linha será cruzada e a maioria das pessoas em Taiwan dirá: Ei, já somos parte da China economicamente, então qual é o problema? Vamos nos tornar parte da China em todos os outros aspectos políticos também", acrescentou Desai. "Mas o acúmulo de armas dos EUA e o esforço de constantemente tentar fazer com que a liderança de Taiwan se mostre hostil em relação a China continental […] está realmente pondo em perigo o processo pacífico de unificação", concluiu ela.

Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a alocação de US$ 345 milhões (R$ 1,63 bilhão) em ajuda militar a Taiwan, segundo um memorando divulgado pela Casa Branca.

 

Ø  Biden quer fornecer armas a Taiwan usando orçamento para Ucrânia, diz mídia

 

O presidente dos EUA, Joe Biden, pretende apelar ao Congresso com um pedido para financiar armas para Taiwan dentro do orçamento adicional para a Ucrânia, diz o jornal Financial Times, citando fontes familiarizadas com a situação.

"A Casa Branca vai pedir ao Congresso para financiar armas para Taiwan como parte de um pedido de orçamento suplementar para a Ucrânia", escreve o jornal.

Como observado, o pedido da Casa Branca visa acelerar o fluxo de armas para Taiwan no contexto de uma suposta ameaça crescente da China.

Segundo fontes, o Escritório de Administração e Orçamento dos Estados Unidos incluirá financiamento para Taiwan em um pedido adicional como parte de um esforço para acelerar o fluxo de armas.

Se aprovada pelo Congresso, Taiwan receberá armas pela primeira vez através de um sistema financiado pelos contribuintes dos Estados Unidos, observa a publicação. A Casa Branca deve emitir um pedido em agosto.

O Financial Times observa que a Casa Branca se recusou a comentar ou divulgar detalhes de quanto dinheiro seria solicitado para Taiwan.

Anteriormente, foi relatado que o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou a alocação de US$ 345 milhões (R$ 1,63 bilhão) em ajuda militar a Taiwan. Os fundos serão gastos em necessidades e serviços de defesa, bem como em formação e treinamento.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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